As metas de universalização do saneamento básico no país e as crescentes preocupações com a sustentabilidade nas indústrias, reforçadas com os compromissos do ESG - Environmental, Social and Governance, estão movimentando as vendas dos fornecedores de equipamentos para tratamento de água e efluentes. A Biosis Saneamento Ambiental, empresa nacional com sede em São Paulo, há mais de 15 anos no mercado, tem registrado um crescimento anual de 30% nas vendas desde 2021. E para este ano a previsão é de superar esse índice.

“Estamos muito otimistas com o marco do saneamento. Os projetos estão acontecendo em ritmo acelerado”, diz Wagner Ferreira, Head de Vendas da Biosis, que participará, pela primeira vez, da Fenasan – Feira Nacional de Saneamento e Meio Ambiente, realizada de 3 a 5 de outubro no Expo Center Norte, em São Paulo.

Segundo o executivo, além da maior eficiência e redução de custos operacionais nas estações, as empresas buscam soluções capazes de automatizar os processos, dentro do conceito de indústria 4.0, exatamente o que os seus equipamentos oferecem.

É o caso do BioWasserTrack, desenvolvimento patenteado pela Biosis composto por uma estrutura submersa de tubos, perfis e cabos em aço inoxidável, que se movimentam pela extensão do tanque de decantação das ETAs para remover o lodo sedimentado. “A inovação elimina a necessidade de esvaziar o tanque para fazer a limpeza do fundo, economizando água tratada e melhorando a segurança no local de trabalho”, diz Ferreira. A Biosis conta com diversos fornecimentos do removedor, inclusive para projetos recentes da Sabesp, como ETA Rio Grande e Espírito Santo do Pinhal, entre outras concessionárias de água.

Com algumas mudanças na configuração, é possível aplicar o BioWasserTrack em ETEs. O equipamento foi fornecido para a Sanepar - Companhia de Saneamento do Paraná, dentro de um projeto de ampliação e reforma da ETE São Luiz em Cornélio Procópio, PR, e o equipamento já está em operação no tanque de decantação. O removedor direciona o lodo sedimentado para uma elevatória, que o reenvia para o início do processo, permitindo um aumento significativo na eficiência do tratamento e melhor qualidade do efluente lançado no Ribeirão São Luís.

Um outro desenvolvimento da Biosis é o misturador estático InLine para mistura e homogeneização das cargas químicas. “Com a necessidade de automatização nas linhas de produção, o equipamento equaciona a questão das misturas que são hoje realizadas em processos com misturadores mecânicos e tanques”, explica Ferreira. Capaz de operar com pasta, lama ou líquido, o InLine realiza a mistura dentro da própria tubulação, simplificando o layout e possibilitando a automação do processo, com melhor controle do produto. Uma outra vantagem é a redução dos custos operacionais, porque o equipamento não usa energia elétrica e sim a energia cinética do próprio fluxo da mistura.

Uma outra vertical de forte crescimento na Biosis é o serviço de manutenção voltado para revitalização e modernização do sistema de aeração por ar difuso, sejam fornecidos pela empresa ou por outros fabricantes. “Existe uma forte demanda no mercado para esse tipo de serviço. Muitas vezes, o cliente possui um sistema de aeração com poucos anos de uso, mas com problemas como desgaste prematuro das membranas e difusores e obstrução por incrustações, comprometendo a eficiência do processo de tratamento e aumentando o consumo de energia dos sopradores. Então nós executamos a recuperação e devolvemos a característica inicial ao sistema, com a troca de difusores, membranas, tubulações e limpeza geral”, finaliza o executivo.



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