Uma força tarefa foi montada na cidade de Santa Vitória, no Triângulo Mineiro, para recuperar as nascentes do Ribeirão da Invernada. O Sebrae Minas fez os estudos e levantou as áreas prioritárias a serem preservadas. A Copasa - Companhia de Saneamento de Minas Gerais fornecerá o material para cercamento de 20 mil metros de áreas de preservação permanente, além do combustível para abastecer o maquinário fornecido pela prefeitura. A iniciativa também conta com o apoio dos produtores rurais, que vão abrir as porteiras de suas propriedades para facilitar o trabalho de preservação das áreas.

As atividades seguirão a metodologia dos programas Restaurar e Pró Mananciais, que buscam promover o desenvolvimento socioambiental e econômico da bacia do Ribeirão da Invernada, uma área de 35 mil hectares com a presença de mais de 200 propriedades rurais. “O programa contempla ações como cerceamento das nascentes, recuperação dos solos, melhor manejo de pastagem, curvas em nível e construção de bolsões. São vários projetos que, somados, beneficiam diretamente 70 produtores da região”, explica o analista do Sebrae Minas Eduardo Ramos.

Um dos participantes do programa é o criador de gado João André Rodrigues Lima, que entende a importância do cercamento das nascentes para evitar que o pisoteio dos animais provoque o assoreamento do rio. “Esse trabalho, futuramente, vai refletir na produção de água de qualidade para a cidade. E aqueles que estão se tornando produtores de água agora, vão ter este recurso em abundância para oferecerem aos seus animais e lavouras, além de ajudar no abastecimento do município”, afirma Lima.

Uma lei municipal de Santa Vitória premia os produtores que ajudam na preservação do Ribeirão da Invernada, única fonte de abastecimento de água para os cerca de 23 mil moradores da cidade. O Programa Municipal de Pagamento por Serviços Ambientais recompensa financeiramente os agricultores que preservam o meio ambiente. O valor destinado é de R$ 100 por hectare ao ano, em cada área preservada.

De acordo o secretário municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mauricio Martins Lorena Filho, o trabalho em conjunto é essencial para o sucesso do programa. “O Sebrae Minas apresentou um diagnóstico das áreas críticas e vamos direcionar o trabalho para as propriedades que estão aptas a participar, pois, agora, temos a dimensão total da microbacia. Estávamos focados na nascente, mas o Projeto Restaurar nos deu condição de ampliar o trabalho e ajudar os produtores a se adequarem às regras para conservação das áreas de preservação permanente”, finaliza.



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