A SmartAcqua Solutions, desenvolvedora de solução voltada para gestão e combate a perdas de água, e a Accell Solutions, fornecedora de hidrômetros, firmaram uma parceria para estimular as companhias e prestadores de serviços do setor de saneamento a utilizar AI - Inteligência Artificial e IoT - Internet das Coisas para maximizar seus processos de medição e de gestão na distribuição da água tratada, contribuindo para reduzir as perdasde forma sistemática e constante.

Com mais de 75 anos de expertise no segmento de utilities (água, gás, energia e smart solutions) e incorporando as tecnologias desenvolvidas pelas Schlumberger, Actaris e Itron, atualmente a Accell atende a quase todas as concessionárias da área de saneamento no Brasil, com forte presença também em outros países da América Latina. Segundo o diretor comercial Caio de Mello Azevedo, especificamente com relação à redução de perdas e projetos de consultoria, a união de forças com a SmartAcqua permitirá fornecer às companhias de saneamento soluções que as habilitem melhorar a gestão de seus indicadores comerciais e operacionais. “É uma solução que já está pronta, preparada para esse tipo de atuação e por isso conseguimos agregá-la no nosso portfólio”, explica Azevedo.

Na avaliação de Enéas Ripoli, CTO da SmartAcqua, um denominador comum entre as duas empresas é a determinação em fomentar projetos, agora em parceria, para que a cada dia mais empresas de saneamento vejam que a integração das tecnologias de IoT, presente nos medidores da Accell, e de IA da plataforma SmartAcqua, é fundamental para torná-las aptas a buscar eficiência operacional e a cumprir as metas estipuladas pelo novo marco regulatório do setor.

A estimativa da Accell é vender mais de 5 milhões de hidrômetros nos mercados brasileiro e latino-americano em 2023, com base na necessidade de atualização dos parques das companhias, bem como no que diz respeito às novas Portarias do Inmetro 155 e do Ministério da Saúde 188.  “A maioria desses equipamentos tem mais de cinco anos, e estão bem acima da vida útil, além de não atenderem às novas normas que tratam da contaminação da água potável devido ao contato com os componentes (matéria-prima) dos hidrômetros. As companhias precisam se adequar quanto às trocas desses medidores de água”, explica Azevedo.

 A Accell iniciou a produção de hidrômetros livres de chumbo com a nova liga metálica, a ecoCAZt (foto), o que entra em consonância com a necessidade apontada por Azevedo quanto à qualidade dos medidores. “Os hidrômetros desenvolvidos pela Accell são reconhecidos no mercado como os de melhor performance, o que envolve também melhor precisão metrológica, fundamental para que se consiga obter bom conhecimento dos índices de perdas físicas e, principalmente, comerciais, além de passar por todos os testes de potabilidade”, salienta Azevedo.  Segundo o executivo, quando a companhia de água troca de medidor, os ganhos tendem a ser o aumento da precisão na medição e a redução de perdas. “A estratégia é nomeada de Medidor Com Serviço Agregado Alinhado à Sustentabilidade”, explica Azevedo.

Nos projetos de performance, a solução SmartAcqua permitirá avaliar a recuperação das perdas de água e de receitas a partir da substituição dos hidrômetros. “É um modelo ganha-ganha para todas as partes envolvidas”, destaca Azevedo. A utilização da plataforma também dará às empresas de saneamento maior visibilidade sobre suas perdas, permitindo identificar vazamentos, fraudes, problemas nas redes, entre outros, e orientar sobre como combatê-los. “Por meio dos algoritmos de Inteligência Artificial e Machine Learning, a solução SmartAcqua consegue geolocalizar as perdas aparentes e reais de água, fornecendo para as prestadoras de serviços o potencial dessas perdas e o direcionamento técnico, operacional, de gestão e de metas a serem alcançadas de forma assertiva e amigável”, completa Ripoli.

Para Hélio Samora, CEO da SmartAcqua, o ponto positivo da parceria entre as duas empresas é justamente a somatória das respectivas tecnologias que irão contribuir para reduzir as perdas de água, que no Brasil têm se mantido em patamares superiores a 50% nos últimos cinco anos. Azevedo complementa, destacando que vários fatores levaram a esse status quo, dentre os quais se incluem a escassez de recursos humanos e financeiros para essa finalidade, uma vez que as companhias tendem a investir mais em captação e tratamento para disponibilizar maiores volumes de água à população, sem se darem conta de que quanto mais produzem, maiores são as perdas.



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