A Kroll, fornecedora de dados, tecnologia e insights relacionados a risco, governança e crescimento, finanças corporativas, fusões e aquisições e avaliação de ativos, acaba de lançar um estudo sobre a infraestrutura do Brasil, em parceria com a ABVCAP - Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital e o escritório TozziniFreire Advogados.

Alexandre Pierantoni, diretor de Finanças Corporativas da Kroll e especialista em M&A - Fusões e Aquisições, assina o prefácio do estudo, traçando a relação entre os dados apontados pelo relatório e o atual momento brasileiro. O estudo traz uma visão geral do cenário de infraestrutura no Brasil, mergulhando em cada setor - Energia, Logística, Rodovias, Ferrovias, Mobilidade, Portos e Aeroportos, Telecomunicações, Esgoto e Água. Destaca também a preocupação e como as empresas e investidores vêm evoluindo na temática ESG. Com contribuição do TozziniFreire, o material destaca também as principais evoluções e marcos regulatórios.

Segundo o especialista, o setor de infraestrutura é protagonista no futuro do Brasil. “Além dos desafios trazidos pela pandemia, nestes últimos anos continuamos a enfrentar desafios internos diretamente relacionados a questões políticas, econômicas e problemas sociais. Porém também vimos neste período o setor de infraestrutura, que sempre esteve à margem da economia, tornando-se fundamental para o desenvolvimento do país, ganhando destaque, ao se posicionar como protagonista e um pilar de atração de investimentos”, afirma Pierantoni.

O estudo mostra que o setor contribui para o crescimento e a recuperação econômica do país - de recursos e de geração de empregos. Com as privatizações e concessões de portos, aeroportos, ferrovias e rodovias, mais de R$ 18 bilhões foram arrecadados, segundo dados oficiais. Além disso, foram investidos mais de R$ 73 bilhões e mais de 1 milhão de empregos foram gerados.
Para Caio de Souza Loureiro, sócio na área de Infraestrutura de TozziniFreire Advogados, “investimentos em infraestrutura estão na ordem do dia de diversos países como um motor de recuperação econômica pós-pandêmica. No Brasil, em que já há um déficit grande, os investimentos são ainda mais necessários. O desafio que se põe é criar um ambiente institucional seguro e atraente nesse cenário de competição global por investidores. É importante entender a conjuntura existente como forma de propor os aprimoramentos necessários”, avalia.

A combinação dessas necessidades estruturais, que incluem setores importantes como energia e telecomunicações, aliadas aos marcos regulatórios (petróleo e gás ou água/saneamento são alguns exemplos) e transparência, estabelecidos ao longo dos últimos meses, contribuíram para o crescente interesse do investidor do setor. As PPPs - Parcerias Público-Privadas também contribuíram e transformaram a forma como o setor público opera. Pierantoni destaca ainda que “não será apenas o investidor privado ou o governo que solucionarão as necessidades de infraestrutura no Brasil. Estas parcerias são fundamentais e é importante o papel do governo de dar segurança aos investidores”.

Com o leilão de mais 19 ativos, o governo pretende atrair mais R$ 50 bilhões em investimentos privados (principalmente em áreas rodoviárias e ferroviárias) e conceder a arrecadação de mais de R$ 3 bilhões, com a geração prevista de mais de 400 mil empregos. As iniciativas e discussões para o leilão da tecnologia 5G, em 2021, estimaram investimentos de mais de R$ 6 trilhões no país nos próximos anos.
 “As perspectivas para 2022 e 2023 para o setor são positivas e, aliadas a um portfólio de projetos bem apresentados e coordenados na sua colocação no mercado, continuarão a atrair investidores. Livre de qualquer viés ideológico e político, o setor é um pilar de sustentação para a criação de um círculo virtuoso de benefícios sociais e econômicos e a recuperação do país”, conclui Pierantoni.
O estudo mostra ainda que a pandemia colocou em evidência para os investidores a importância dos temas abordados pela ESG, com destaque para os direitos humanos e questões climáticas. Este cenário contribui para a tendência do mercado brasileiro de regular os investimentos relacionados a ESG, cada vez mais.



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