A Caern – Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte está iniciando a implantação de um sistema de monitoramento de pressão da rede de distribuição de água, em tempo real, que promete melhorar os resultados operacionais. A fase de testes começou por Natal, na zona sul, mas os planos são levar a ferramenta para outras regiões do Estado.

Atualmente, já existem mais de 200 pontos com medidores de pressão, enviando informações para a plataforma criada pela Gerência de Tecnologia da Informação (GTI) da companhia. Os dados são coletados pela empresa pernambucana Radionet, especializada em Internet das Coisas (IoT, em inglês), vencedora de licitação para atuar no sistema.

Nesse primeiro momento, a meta é chegar a 380 pontos, cobrindo tanto a zona sul quanto a zona norte de Natal, além de Macaíba e Parnamirim. A Caern concluiu a licitação para mais 600 pontos com medidores de pressão, o que vai permitir a expansão para o resto do Estado.

Segundo Felipe Ferreira de Oliveira, gerente de Perdas e Automação da Caern, a ferramenta vai permitir acompanhar de forma mais precisa os parâmetros do abastecimento de água e  identificar de imediato episódios de desabastecimento, o que pode embasar manobras para reforçar o fornecimento na região afetada, bem como definir e executar obras para corrigir a dinâmica da rede.

“O controle de pressão é um dos parâmetros mais importantes na gestão operacional de uma rede de distribuição de água”, diz Oliveira. Ele ressalta que pressões altas devem ser evitadas, pois podem representar perdas físicas (vazamentos visíveis). Da mesma forma, pressões baixas podem ser indicativos de desabastecimento. Nesse cenário, de acordo com as normas técnicas que regem o setor, as companhias de saneamento devem buscar operar com pressão dinâmica mínima de 10 mca e estática máxima de 50 mca.

“A instalação desses medidores também vai viabilizar o planejamento de obras de melhorias no abastecimento”, salienta. Os dados de pressão da rede vão orientar a construção de distritos de medição e controle, setorização, reforço para zonas que não têm abastecimento robusto e a instalação de válvulas redutoras de pressão.



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