Sete em cada dez brasileiros não têm a real dimensão sobre a parcela da população desprovida de acesso a saneamento seguro e 25% não sabem nem se o esgoto de sua própria casa é tratado. É o que aponta a pesquisa Banheiros Mudam Vidas: descobrindo como os brasileiros percebem o saneamento básico e como podemos nos engajar, desenvolvida pela Kimberly-Clark, por meio de sua marca Neve, em parceria com a consultoria Grimpa. O estudo inédito marca o lançamento da nova fase do programa Banheiros Mudam Vidas no Brasil, que passa a se posicionar como um movimento articulador, reunindo parceiros importantes ao redor de diálogos e soluções sobre o saneamento básico no país.

Com o levantamento, que entrevistou 1002 pessoas de Norte a Sul do país, de forma online, Neve buscou entender como os indivíduos enxergam o problema do saneamento básico, o que esperam de marcas e governo, e como encaram possíveis soluções, inclusive com o envolvimento direto da sociedade civil.

“Há mais de cinco anos, a Kimberly-Clark apresenta uma jornada de forte atuação do programa Banheiros Mudam Vidas no Brasil, com iniciativas que já possibilitaram o acesso a banheiros seguros, água potável e educação sobre higiene a mais de 1,2 milhão de pessoas em comunidades vulneráveis no país”, declara Andréa Rolim, presidente da Kimberly-Clark no Brasil. “A falta de saneamento afeta a saúde e a dignidade de bilhões de pessoas em todo o mundo. Como companhia, queremos colaborar para transformar essa realidade e ampliar ainda mais as ações concretas, conversas e fomentar articulações entre diversos atores em torno de um futuro mais sustentável e saudável para toda a sociedade”, continua a executiva.

Parte do subdimensionamento da situação apontado pela pesquisa pode ser relacionada à falta de contato com essa realidade. Quase 40% dos entrevistados afirmam sempre ter tido acesso ao serviço e, portanto, esse não seria um tema sobre o qual refletem, normalmente. Os problemas que mais ocupam o pensamento dos respondentes, atualmente, estão diretamente relacionados ao contexto da pandemia da Covid-19: saúde (33%), educação (21%) e desemprego (10%) são os mais indicados espontaneamente. Apesar de ocupar apenas a 9ª posição neste quesito, citado espontaneamente por 2% das pessoas, quando comparado a outros itens de primeira necessidade, o saneamento lidera as menções, aparecendo como mais importante para 60%, à frente de energia elétrica (28%), gás de cozinha (8%) e celular com Internet (4%).

Ao delimitar os principais pontos que o país deveria resolver nos próximos 10 anos, o tema também ganha importância, subindo para 5º lugar na lista de prioridades. 90% acreditam que o Brasil só vai conseguir evoluir como país quando um serviço como saneamento for universal a toda população brasileira. Esses resultados podem ser associados à percepção de que o investimento em saneamento básico impacta diretamente a saúde (88%) e o meio ambiente (86%), evitando doenças e problemas de saúde (70%) e poluição de solos e rios (50%). Por outro lado, as pessoas entendem que a falta do serviço afeta negativamente a prevenção de doenças (89%) e a educação (65%).

Apesar disso, 80% ainda enxergam o saneamento como um problema estrutural que não será resolvido no curto prazo. Para 90% das pessoas a iniciativa privada deve se posicionar ativamente para ajudar a minimizá-lo, e para 92% mudar essa realidade depende de um esforço coletivo que envolva governo, empresas e cidadãos. Entretanto, mais da metade dos indivíduos não conhece iniciativas de caráter público ou privado que busquem solucionar o problema de saneamento do Brasil, e 74% não sabem como poderiam contribuir.

O estudo completo pode ser acessado pelo link: https://bit.ly/30hxuTU.



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