A CNI - Confederação Nacional da Indústria realizou uma pesquisa com o Instituto FSB para avaliar qual a visão das empresas brasileiras e quais ações concretas elas adotaram em relação à sustentabilidade. Em alguns quesitos, os dados mostram que estão avançadas. De acordo com o estudo, feito com executivos de 500 médias e grandes empresas industriais no período de 13 a 22 de outubro de 2021, práticas de gestão de resíduos e ações para reduzirem o desperdício de água e energia já são adotadas por nove de cada 10 empresas pesquisadas. Praticamente todas (98%) usam pelo menos uma entre as oito ações de sustentabilidade listadas no questionário. A maior preocupação dos executivos é com o descarte de resíduos. Um em cada quatro afirmou que este é o seu primeiro ou segundo principal ponto de atenção.

Considerando o estágio atual do ambiente de negócios no Brasil, 94% dos entrevistados enxergam oportunidades nas ações de sustentabilidade. Outro dado que mostra o interesse das empresas pelo tema é a intenção de investimento. Praticamente duas em cada três (63%) empresas afirmaram que vão ampliar os investimentos em sustentabilidade nos próximos dois anos. Mesmo durante a pandemia, em meio à crise econômica, 28% delas disseram ter ampliado esse tipo de aporte nos últimos 18 meses.

Os dois principais motivos que levam as empresas a investirem em sustentabilidade são a reputação junto à sociedade e aos consumidores (41%) e o atendimento às exigências regulatórias (40%). A redução de custos, com 32%, e o aumento da competitividade, com 29%, completam a lista de itens que mais estimulam os executivos a adotarem a agenda sustentável. Do outro lado, a falta de cultura voltada para o tema (48%) e a falta de incentivos do governo (47%) são apontadas como os principais entraves. Os custos adicionais, com 33%, e a dificuldade de crédito ou financiamento, com 20%, também integram a lista de barreiras para a implementação de ações sustentáveis pela indústria.

Mesmo com esses desafios, em 40% das indústrias existe uma estratégia e agenda de sustentabilidade validada pela alta gestão. Nas grandes indústrias, o indicador cresce seis pontos percentuais, chegando a 46%. Os líderes do setor produtivo reconhecem o papel do governo para incentivar e catalisar o processo de ações sustentáveis na iniciativa privada. Para 71% dos entrevistados, o Estado deve controlar e estimular que as empresas sigam regras ambientalmente sustentáveis.

Na hora da adoção de práticas sustentáveis a gestão de resíduos sólidos aparece com uma das duas prioridades para 42% dos entrevistados. Ações para evitar o desperdício de água aparecem em segundo lugar, com 38% das respostas, seguida de perto pela utilização de fontes renováveis de energia, com 36%. Em quarto lugar figuram as iniciativas para evitar o desperdício de energia, com 32%.

A íntegra da pesquisa pode ser acessada no link: https://cseprs3.s3.amazonaws.com/email-editor-files/23f2e8db-c276-4f19-9362-08d8e40a8ad4/3f552894-87e3-487e-8932-8251892fd6b1.pdf.



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