A Superbac, fornecedora de soluções em biotecnologia, inaugurou o Superbac Innovation Center em Mandaguari, PR. A conclusão da biofábrica é a fase final de um projeto iniciado em 2015, que contempla laboratórios e toda a estrutura de P&D, onde atuam cerca de 60 pesquisadores. O complexo recebeu aportes de R$ 100 milhões em investimentos, sendo metade desse montante destinado à construção da biofábrica.

O Superbac Innovation Center fecha um ciclo completo, que vai da bioprospecção ao processo de desenvolvimento, escalonamento em planta piloto e elaboração do produto em escala industrial. “Representa uma mudança em nosso modelo de negócios e coloca o Brasil como uma das principais referências internacionais em biotecnologia”, afirma Luiz Chacon Filho, fundador e CEO da Superbac.

A biofábrica é estratégica para a empresa, tanto para a fabricação internalizada e verticalizada de diversos produtos atuais da Superbac, como para a produção de componentes (proteínas, enzimas, microrganismos e toda uma gama de ingredientes), para outras empresas. Também está apta a realizar a prestação de serviços em biotecnologia, desenvolvimento e escalonamento de processos de clientes e de parceiros, entre outras atividades.

Com capacidade nominal de produção de componentes de 50 mil litros, por ciclo, ela também ampliará oportunidades em áreas como cosméticos, alimentação humana e animal e soluções ambientais, além de abrir espaço para exportação de microrganismos, e de componentes biotecnológicos como proteínas, enzimas, corantes naturais, entre outros. Uma das vantagens é que a planta foi idealizada para garantir flexibilidade de produção, podendo cultivar até três microrganismos diferentes ao mesmo tempo.

Segundo Mozart Fogaça Júnior, vice-presidente da empresa, com a partida do Superbac Innovation Center, o plano estratégico será o de manter uma meta de crescimento anual de 25% pelos próximos dez anos. Ainda de acordo com o executivo, além de aumentar a rentabilidade, a biofábrica tornará a empresa mais competitiva, eliminando a dependência do fornecimento externo e entraves como prazos de entrega e variação cambial.

“Há muitas dificuldades para encontrar fornecedores que tenham a diversidade, qualidade e certificações exigidas. Em biotecnologia, autonomia em insumos é fator estratégico e de valorização para o mercado”, lembra Fogaça.

Na planta há um circuito automatizado que recupera as soluções de limpeza e as reutiliza, o que permite reduzir o consumo de água potável em milhares de litros por dia de operação. Já os efluentes são todos corretamente destinados e, inclusive, há projetos em desenvolvimento para obter novos produtos à base desses resíduos. O revestimento térmico dos quase 10 km de tubulação instalada na biofábrica e na central de utilidades é baseado nas propriedades isolantes do ar, utilizando uma tecnologia limpa e reutilizável.



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