Um ano após a sanção do novo Marco Legal do Saneamento Básico, Lei 14.026/20, realizada em 15 de julho de 2020, a expectativa de avanços no setor começa a ser cumprida. O sucesso dos últimos leilões e implementação do processo de regionalização, ou formação de blocos de municípios, a fim de se obter a escala necessária para atingir a universalização dos serviços, já são realidade.

O avanço dos estados no processo de regionalização é a principal conclusão de um novo levantamento da Abcon Sindcon, associação das operadoras privadas de saneamento. Periodicamente um painel de monitoramento da implementação da Lei 14.026/20 será atualizado e colocado à disposição para acompanhar a evolução do processo, um dos pilares do novo marco do saneamento.

O primeiro retrato mostra que a maioria dos estados já está debruçada sobre o tema e avançando.
Na primeira análise do painel são identificados 13 estados que já aprovaram ou possuem projetos de lei em trâmite para estabelecer os blocos de municípios em seus respectivos territórios. São eles: Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Sergipe, Rondônia, Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.

A geração de ganhos de escala na prestação dos serviços, por meio da formação dos blocos de municípios, é necessária para que todos os municípios estejam contemplados em unidades de operação com viabilidade técnica e econômica, permitindo que sejam beneficiados com a universalização dos serviços de água e esgoto.

Para o diretor executivo da Abcon Sindcon, Percy Soares Neto, a regionalização já avança a passos largos. “Os estados entenderam a lógica do novo momento do saneamento e estão organizando suas regiões. Cada região terá sua governança e sua dinâmica na prestação dos serviços, demandando uma sólida e comprometida articulação interfederativa, exigindo coordenação estável entre os entes. O momento é de somar esforços para levar saneamento a todos”, afirma.

No outro levantamento do painel, registra-se que a ANA inicia a publicação de normas de referência, outra notícia positiva para a consolidação do novo marco do saneamento. A agenda da publicação de normas por parte da agência se estende até o final de 2022. Mesmo o atraso na publicação de algumas normas no primeiro semestre não é visto como um problema maior.

Conforme assinala Soares Neto, a ANA está na primeira fase de uma longa curva de aprendizado. “É melhor demorar um pouco do que ter normas feitas com pressa, sem o devido amadurecimento e debate com os principais agentes do setor”, diz. A partir dessas normas, as agências reguladoras locais terão diretrizes e referências para fortalecer a segurança jurídica da gestão e operação dos serviços em todo o país. Cada região poderá então elaborar, a partir dessas diretrizes da ANA, os regimentos e estatutos necessários para consolidar a segurança jurídica nos municípios ou blocos onde lhes competem a regulação dos serviços.

O painel será atualizado periodicamente, de acordo com o avanço na elaboração das normas de referência pela ANA e da publicação das leis que venham instituir os blocos regionais nos estados.
Os dados podem ser conferidos em: https://www.abconsindcon.com.br/noticias/painel-de-monitoramento-da-implementacao-do-novo-marco-legal/.



Mais Notícias HYDRO



Tecnologia integrada fortalece expansão da Alphatek no saneamento brasileiro

Empresa oferece equipamentos plug & play, com automação embarcada e operação remota.

02/12/2025


ENGIE seleciona cinco projetos no Nordeste para investir em conservação da água

Ações serão realizadas nos estados da Bahia, Ceará e Rio Grande do Norte.

02/12/2025


Estudo aponta que somente 13 dos 100 maiores municípios do país atendem os padrões de excelência em perdas de água

Controlar as perdas de água significa ter maior disponibilidade do recurso hídrico para a população sem a necessidade de aumentar o volume de água captado.

02/12/2025