A Abiclor – Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados divulgou dados sobre a frequência de acidentes envolvendo o transporte de produtos perigosos. Segundo a instituição, em 2017 o índice foi de 0,30 a cada 1000 viagens no setor de cloro-álcalis. Em 2019, esse número foi de 0,24 acidentes a cada 10 mil viagens.

A entidade aponta que esse tipo de ocorrência vem se tornando cada vez mais rara nas estradas brasileiras, em parte devido à legislação vigente. No Brasil, são mais de 400 leis, decretos, resoluções, normas e portarias regulando o transporte, descontando legislações específicas dos municípios e unidades federativas.

Segundo Gislaine Zorzin, diretora administrativa da Zorzin Logística, transportadora que atua no ramo, a legislação é necessária para a garantia da segurança. “Todos esses requisitos têm sido essenciais para uma melhor manutenção do setor, uma vez que os acidentes nas estradas envolvendo o transporte de produtos perigosos vêm caindo nos últimos anos”, afirma.

É necessário também que os profissionais da área possuam o certificado de MOPP - Movimentação de Produtos Perigosos. Esse tipo de transporte requer mão de obra especializada, pois os motoristas precisam receber treinamentos específicos para cada tipo de produto transportado. Além disso, é necessário que o condutor e seu auxiliar utilizem equipamentos de proteção individual.

Apesar da Resolução ANTT nº 420/04 – Instruções Complementares ao Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos Perigosos, o transporte de cargas perigosas ainda é sujeito a constantes mudanças na legislação, fazendo com que seja crucial que os empreendedores do setor mantenham-se a par das novas regras. Com isso em vista, a ABTLP - Associação Brasileira de Transporte e Logística de Produtos Perigosos criou o Projeto 25, que visa garantir treinamentos e atualizações quanto às normas do transporte de produtos perigosos no país por meio de reuniões e eventos nos quais são discutidos tópicos importantes para o setor.

O projeto também incentiva o uso de aplicativos para controle de jornada dos motoristas e monitoramento de carga via satélite, dentre outras ferramentas de segurança. “Por esse motivo considero o Projeto 25 da ABTLP, do qual faço parte, extremamente importante para o setor”, continua Gislaine. “Hoje, devido a todos esses controles, estamos há muitos anos sem nenhuma ocorrência de acidente na empresa, o que é uma grande vitória”, finaliza.



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