A Alphatek Engenharia vem se consolidando no saneamento brasileiro ao reunir, em uma única estrutura, desenvolvimento tecnológico, fabricação nacional, integração de sistemas e entrega de soluções prontas para uso. Em um momento em que o marco legal acelera investimentos e impõe prazos mais curtos, enquanto o setor convive com escassez de mão de obra qualificada, a capacidade da empresa de oferecer equipamentos plug & play, com automação embarcada e operação totalmente remota, tornou-se um diferencial estratégico para concessionárias públicas e privadas.
Com mais de 45 anos de atuação internacional e 13 anos de presença direta no Brasil, a Alphatek adota um modelo de fornecimento abrangente, no qual assume desde o fornecimento de sensores, painéis e instrumentação até a automação avançada e o comissionamento final, entregando sistemas que já chegam ao cliente prontos para operar, sem depender de integrações externas ou ajustes de campo complexos.
Segundo João Costal, CEO da companhia, o saneamento vive hoje um cenário de forte pressão por produtividade, e isso tem impulsionado a demanda por soluções completas. Ele explica que, ao contrário do modelo tradicional, em que diferentes fornecedores cuidam de painéis, bombas, automação, obras civis e telemetria, a Alphatek entrega o pacote inteiro, funcionando e já parametrizado, o que reduz riscos, tempo de implantação e necessidade de equipes especializadas. Essa abordagem tem impulsionado o crescimento da empresa, especialmente entre concessionárias privadas, que operam sob contratos desafiadores e metas rígidas de universalização.
Um dos exemplos mais emblemáticos desse conceito são os boosters compactos de água, unidades autônomas projetadas para atender regiões altas, áreas com baixa pressão, zonas sazonais e reforços emergenciais em redes de abastecimento. O equipamento, fornecido em módulo antivandalismo com proteção elétrica integrada, utiliza algoritmos avançados de controle para ajustar a pressão conforme horário, consumo e demanda real, evitando sobrepressurizações, reduzindo perdas e prolongando a vida útil da rede. A solução se tornou especialmente importante em cidades com topografia acentuada e alta oscilação de demanda, como o Rio de Janeiro, que adquiriu mais de 80 unidades recentemente, além de aplicações em regiões litorâneas, eventos temporários e operações emergenciais durante obras em adutoras.
Outro produto que vem ganhando espaço é a elevatória compacta de esgoto, desenvolvida pela Alphatek a partir de um corpo totalmente moldado em PEMD – Polietileno de Média Densidade, resistente e impermeável, eliminando o risco de infiltrações e exfiltrações típicas de elevatórias convencionais de alvenaria. As unidades chegam prontas para instalar, com bombas submersíveis, sensores de nível, válvulas, tubulações internas e painel elétrico integrados a um sistema completo de automação que garante alternância automática de bombas, proteção contra bloqueios, cálculo de esgoto médio, auto-reset de falhas e operação remota direta via SIGE, plataforma de monitoramento com IA embarcada. A instalação, que tradicionalmente exigiria semanas, pode ser feita em cinco a seis dias, tornando-se uma alternativa ideal para bairros novos, conjuntos habitacionais, condomínios industriais e áreas fora de cota, onde seria necessário construir longas redes para transpor declividades.
Essas soluções são reforçadas pelas plataformas SIGA e SIGE, dois sistemas digitais de gestão desenvolvidos pela Alphatek para monitoramento, controle e operação inteligente de redes de abastecimento de água e sistemas de esgotamento sanitário. O SIGA utiliza inteligência artificial para otimizar pressões, reduzir perdas, prever falhas e coordenar manobras operacionais em tempo real, enquanto o SIGE realiza o monitoramento completo de elevatórias, detectando anomalias, prevenindo transbordamentos e garantindo a operação contínua. Um dos casos mais significativos de aplicação dessas plataformas é o projeto de Águas do Sertão, em Alagoas, onde uma única pessoa é capaz de gerenciar a operação de 48 cidades simultaneamente graças à automação embarcada, à supervisão remota e à inteligência aplicada à operação. Esse modelo de controle unificado tem se mostrado fundamental em regiões que enfrentam carência de operadores e distâncias logísticas difíceis.
Além dos produtos próprios, a Alphatek também atua como “EPCista” - Engineering, Procurement and Construction, integrando obras de saneamento com engenharia, automação e fornecimento de sistemas completos. Costal explica que esse tipo de atuação se tornou essencial porque o mercado não aceita mais fragmentação de responsabilidade. “O tempo é curto, os prazos de universalização são agressivos e as concessionárias esperam soluções testadas e consolidadas, capazes de entrar em operação sem longos períodos de ajuste”, afirma.
Para atender a esse crescimento, a Alphatek expandiu recentemente sua fábrica de Sumaré, SP, que agora soma 4500 m² distribuídos em três galpões, além da unidade em Maceió e da implantação de novas bases operacionais em Fortaleza, Macapá, Vitória e Aracaju. A estratégia é manter estoques, equipes e fabricantes próximos aos clientes, reduzindo prazos logísticos em um país de dimensões continentais. Hoje, a empresa reúne cerca de 80 funcionários diretos e mais de 300 profissionais indiretos, operando com capacidade ampliada para atender concessionárias, construtoras e operadores em todo o país.
O executivo destaca que o principal gargalo do saneamento atualmente não está na tecnologia, mas sim nas pessoas. “O setor vive um boom de obras, mas não há mão de obra suficiente para atender à demanda e o saneamento ainda compete com setores como óleo e gás, indústria automotiva e construção civil”, diz. Isso reforça ainda mais a importância de sistemas autônomos, automação embarcada e soluções plug & play, que diminuem a dependência de operadores locais.
A empresa traz para o Brasil a experiência acumulada pelo grupo português que a originou, com atuação em saneamento, indústria, óleo e gás e projetos internacionais em países lusófonos e europeus. Essa base permitiu à Alphatek trazer ao saneamento brasileiro tecnologias já consolidadas em ambientes industriais de alta complexidade, como inteligência artificial aplicada a processos, supervisão em tempo real e automação de larga escala.
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