A Biotecnal, empresa paranaense com atuação em soluções biotecnológicas para tratamento de efluentes, participou pela primeira vez da Fenasan 2025 para apresentar seus produtos para o setor de saneamento, com destaque para a linha de coagulantes orgânicos Organotrat, desenvolvida para substituir os produtos inorgânicos convencionais, como sulfato e policloreto de alumínio. Derivados de fontes naturais, de origem vegetal e animal, os novos coagulantes não introduzem metais pesados nem subprodutos tóxicos no efluente tratado, tornando-se uma alternativa sustentável e eficiente, especialmente em processos que envolvem reúso de água.

“Os coagulantes convencionais são eficientes em várias aplicações, mas geram resíduos metálicos, alteram o pH e dificultam o reúso da água”, explica Weberton Martimiano da Silva, gerente técnico e comercial corporativo da Biotecnal. “O Organotrat vem justamente resolver essas limitações, mantendo alta performance na coagulação e clarificação, com menor impacto ambiental e maior estabilidade operacional.”

O desenvolvimento do produto é resultado da experiência da empresa em biotecnologia e remediação ambiental. Fundada em 2007, em Toledo, PR, polo agroindustrial e um dos maiores centros de produção de proteína animal da América Latina, a Biotecnal iniciou suas atividades com foco em soluções biológicas para redução de carga orgânica em efluentes industriais. Com o tempo, passou a atuar também nos processos físico-químicos do tratamento de água e efluentes, integrando pesquisa, desenvolvimento e acompanhamento técnico.

“Percebemos que só a etapa biológica não seria suficiente para atender à crescente demanda por reúso e por padrões mais rigorosos de qualidade da água. Então, evoluímos para a fabricação de coagulantes orgânicos, com o diferencial de não gerar resíduos metálicos e de favorecer a reutilização da água tratada”, comenta o executivo.

O Organotrat, segundo o executivo, combina eficiência técnica com benefícios ambientais. Por sua estrutura molecular biodegradável, o produto mantém o pH estável, reduz o consumo de produtos auxiliares, como alcalinizantes e acidulantes, e melhora o desempenho na remoção de compostos orgânicos e inorgânicos solúveis. Além disso, contribui para o aproveitamento de subprodutos do processo, favorecendo práticas de economia circular.

A linha de coagulantes orgânicos inclui versões de base vegetal, produzidas a partir do tanino, e de origem animal, derivadas da quitosana, extraída de carapaças de crustáceos. “Hoje, somos uma das três empresas no Brasil que produzem o tanino de forma verticalizada e temos condições de atender diferentes indústrias — de abate e processamento de alimentos àquelas voltadas ao tratamento de água para reúso e potabilização”, destaca.

Os testes e aplicações do Organotrat são realizados em laboratório próprio e validados em planta antes da comercialização. “Nenhum produto da Biotecnal é comercializado sem diagnóstico prévio no cliente e validação laboratorial. Esse acompanhamento é o que nos diferencia no mercado e garante que cada aplicação tenha resultado comprovado”, observa o gerente técnico.

Com presença consolidada na agroindústria paranaense, a empresa agora busca ampliar sua atuação nacional e fortalecer sua presença no setor de saneamento. Para isso, prepara a expansão de sua estrutura no Bioparque de Toledo, onde está construindo um novo complexo de 7 mil metros quadrados, que incluirá áreas de produção de químicos orgânicos e um laboratório de aplicação e desenvolvimento com certificação do Inmetro.

“Estamos dando um passo importante para oferecer soluções que aliem desempenho técnico, viabilidade econômica e responsabilidade ambiental. Acreditamos que o futuro do tratamento de água está em produtos que garantam eficiência sem gerar impactos ao meio ambiente”, conclui.



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