Com quase 44 mil quilômetros de rede coletora de esgoto, a Sanepar, do Paraná, realiza diariamente testes de fumaça para avaliar as condições das tubulações, com um procedimento fundamental para a visualização, na superfície, de indicativos sobre o estado e o funcionamento de tubulações enterradas. “Em todo o Paraná, temos equipes atuando com a vistoria de redes, utilizando diversos procedimentos importantes, como os testes de fumaça. Essa é uma técnica de rotina e consiste na injeção de fumaça não tóxica na rede de esgoto. Assim, é possível observar, na superfície, onde sai essa fumaça, que pode ser um ponto de irregularidade, rompimentos, infiltrações, fissuras na rede. O reconhecimento visual auxilia na localização de pontos onde devem ocorrer ações preventivas ou corretivas. Se a ligação do esgoto estiver operando normalmente, a fumaça não será visualizada em nenhum ponto inconveniente”, explica o diretor de Operações da Sanepar, Sergio Wippel.

Segundo ele, nessa inspeção, as equipes usam um equipamento termonebulizador que gera um vapor em poços de visita ou em ramais de ligação. O produto utilizado não é nocivo a pessoas, animais ou ao meio ambiente. “Essa vistoria visa garantir que 100% do esgoto coletado seja corretamente destinado às estações de tratamento da companhia. O resultado dos testes de fumaça demonstra a localização de problemas, onde devem ser tomadas ações corretivas. Lembramos que as redes de esgoto são projetadas e estruturadas apenas para receber o esgoto doméstico. Lixo, gordura e água de chuva fazem com que o funcionamento das redes não ocorra conforme o planejado, ocasionando obstruções nas tubulações, extravasamentos e refluxos, consequentemente, trazendo mais custos para a operação e para manutenção dos sistemas de coleta e de tratamento de esgoto, podendo prejudicar o meio ambiente e até mesmo causar o refluxo de esgoto para dentro dos imóveis”, detalha o diretor.

Além do teste de fumaça, as equipes de manutenção da Sanepar também utilizam outros métodos de vistoria, como o telediagnóstico de redes e o uso de corantes. Por ano, a Sanepar vistoria cerca de 180 mil metros de redes de esgoto no estado, priorizando locais onde existe a suspeita de problemas. Segundo o técnico Alessandro Gian Perini, que atua na Gerência do Processo Esgoto na Sanepar, aproximadamente 40% dos imóveis vistoriados apresentam algum tipo de irregularidade. “Os usuários são orientados e notificados para sanar o problema dentro de um prazo determinado. Normalmente, as irregularidades não eram do conhecimento do morador até a vistoria. Conforme a legislação vigente, é possível a aplicação de sanções e multas a quem não corrige os problemas. As autoridades de instituições como a Vigilância Sanitária, Instituto Água e Terra, Ministério Público e a polícia podem atuar em conjunto nas vistorias e nos casos de irregularidades não corrigidas”, conta ele.

Todos os procedimentos de vistoria visam identificar problemas nas tubulações que ficam debaixo da terra, indicando a existência de ligações clandestinas na rede de esgoto, buscando garantir a eficiência do sistema de esgotamento sanitário, prevenir a contaminação do meio ambiente, reduzir o risco de extravasamentos e alagamentos, melhorando a qualidade do serviço de saneamento.



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