A W-Energy, com sede em São Paulo, fornece tecnologias para gerenciamento do consumo de água. Com clientes em mais de 400 cidades brasileiras, a empresa trabalha com índices de 96% de economia de água e aproximadamente 40% de redução na conta. “Há duas décadas, tenho me dedicado à conscientização do tema. Além de palestras, cursos e entrevistas para veículos de imprensa, estou sempre à procura de equipamentos ambientalmente sustentáveis capazes de gerenciar o consumo em diversos segmentos”, afirma Wagner Carvalho, CEO e fundador da W-Energy.

O portfólio é composto por tecnologias fornecidas por desenvolvedores de 17 países, indo de arejadores de torneiras e reguladores de vazão a plataformas mais complexas, como o monitoramento IoT – Internet das Coisas. Oriunda de sonares submarinos, a solução permanece submersa e permite monitorar, remotamente e em tempo real, o consumo de água via Internet. O equipamento é alimentado por uma bateria de lítio, com duração de três a cinco anos.

Outra inovação é o caça-vazamentos, um sistema de geofone semelhante a uma endoscopia, que identifica perdas invisíveis em tubulações subterrâneas, possibilitando correções rápidas e evitando desperdícios.

“O grande diferencial é que essas soluções atuam na raiz do problema, minimizando o desperdício sem alterar a rotina das pessoas. Adaptadores econômicos, por exemplo, diminuem a vazão sem comprometer a eficiência da higienização”, explica o CEO.

A W-Energy atende mercados como saúde, fitness, shopping centers, financeiro e atacadistas. Um exemplo de aplicação foi a realizada no Shopping Iguatemi Fortaleza, no Ceará. O projeto incluiu a identificação e correção de vazamentos via telemetria, implementação de comunicação visual educativa e benefícios estendidos aos stakeholders e lojistas. Como resultado, a economia de água superou 20%. Outro case foi o do atacadista Assaí, que conseguiu poupar 373 milhões de litros usando tecnologias verdes avançadas, como o monitoramento IoT, e com isso reduzir a conta em 38% em mais de 130 unidades da rede.

“O Brasil é um dos países com a maior quantidade de água, porém o desperdício é muito elevado. Culturalmente, os investimentos mais vultosos sempre foram voltados para energia elétrica, relegando a parte hídrica para segundo plano. É algo que temos batalhado para mudar”, salienta Carvalho.

A contratação dos serviços ocorre em um modelo baseado em resultados, no qual o contratante realiza o pagamento apenas quando há uma economia efetiva de água. Manutenções preventivas, corretivas, reposição de equipamentos por mau uso ou furtos e até mesmo treinamentos são de responsabilidade da W-Energy. “Na rede Assaí, em seis meses de projeto, o volume economizado seria suficiente para abastecer a cidade inteira de São Caetano do Sul, SP, por 42 dias. É um município com uma população de quase 166 mil habitantes e um IDH – Índice de Desenvolvimento Humano de 0,862, considerado o melhor do país”, diz o CEO.

Para concessionárias de saneamento, a W-Energy tem ministrado consultorias sobre o uso de soluções de telemetria no combate a perdas. A Sabesp, por exemplo, chega a desperdiçar 38% de água via vazamentos das próprias tubulações. Já em outras fornecedoras, o índice pode chegar a 60%.

“Um mercado que tem demandado soluções de eficiência hídrica, muito por conta da IA – Inteligência Artificial, é o de data centers. Na China, já é possível encontrar centros de dados cujos processadores ficam no fundo do oceano, onde a temperatura ambiente é mais baixa, para economizar em soluções de resfriamento”, explica Carvalho.

Com 80 colaboradores, a W-Energy já participou de mais de 150 projetos ESG. Além de São Paulo, a companhia tem escritório no Rio de Janeiro e planeja, até o final de 2025, inaugurar unidades nas regiões Nordeste e Centro-Oeste.



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