A Sanepar - Companhia de Saneamento do Paraná assinou um Memorando de Entendimento com a Kyowa Kako do Japão. A parceria visa à realização de estudos para o desenvolvimento de oportunidade de negócio associada ao tratamento avançado de lodo de esgoto e resíduos orgânicos no Estado do Paraná, por meio do uso de biotecnologia proveniente do Japão incorporada ao processo de compostagem.

“Esta parceria vai trazer benefícios não só para a Sanepar, como também para a agricultura paranaense, que vai utilizar os fertilizantes oriundos deste projeto”, explica Darci Piana, vice-governador do Paraná.

A assinatura do documento está ligada a uma missão internacional, liderada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, realizada em março de 2023 no Japão e na Coreia do Sul. Em abril daquele ano, foi assinado um Acordo de Cooperação Técnica entre a Sanepar e a empresa japonesa Kyowa Kako. Com duração de 24 meses, a parceria contemplou um projeto piloto para testar uma avançada tecnologia de tratamento biológico de materiais orgânicos denominada compostagem hipertermofílica aerada. O piloto, executado na ETE Belém, em Curitiba, iniciou em junho de 2024 e foi concluído no último mês de setembro.

Com a Sanepar, foi a primeira vez que a Kyowa Kako atuou nesse tipo de atividade no Brasil, embora já opere este processo em 42 plantas de compostagem em todas as regiões do Japão e em uma planta nas Filipinas. Com 65 anos de experiência em serviços ambientais no Japão, a empresa também atua no tratamento de efluentes, chorume de aterros sanitários, além de tratamento de resíduos orgânicos e na agricultura.

A compostagem hipertermofílica aerada é uma tecnologia que utiliza micro-organismos patenteados pela Kyowa Kako, que transformam a matéria orgânica, como o lodo de esgoto e outros tipos de resíduos orgânicos, em fertilizante higienizado para ser utilizado na agricultura, por meio de uma fermentação orgânica controlada e usando somente a aeração para que se tenha uma temperatura elevada (da ordem de 90ºC), dispensando o uso de outros substratos como podas de árvores, casca de arroz, entre outros.

“A partir de 45 dias teremos um fertilizante seguro para ser utilizado na agricultura, porque todos os micro-organismos patogênicos já foram eliminados com a alta temperatura durante vários dias. Assim, nós conseguimos utilizar a tecnologia para ganhar sinergia na questão da segurança alimentar, para que este fertilizante consiga prover uma agricultura sustentável em qualquer lugar do mundo, principalmente aqui, no Estado do Paraná”, finaliza Kiyonori Nakamura, vice-diretor do departamento de negócios no estrangeiro da Kyowa Kako.



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