A ISA Energia encerrou o terceiro trimestre de 2025 com resultados estáveis, segundo relatório do BTG Pactual. A companhia registrou lucro líquido de R$ 550 milhões, superando em quase 90% a estimativa do banco, e um EBITDA de R$ 888 milhões, em linha com as projeções. A receita líquida foi de R$ 1,07 bilhão, 4% abaixo do esperado, refletindo ajustes negativos e antecipações que deverão ser compensadas em 2026.
Os analistas destacaram o controle de custos como fator que sustentou o desempenho operacional. As despesas PMSO (pessoal, material, serviços e outras) cresceram apenas 2,4% em relação ao ano anterior, índice inferior à inflação do período (5,17%). As reduções em gastos com pessoal e materiais compensaram o aumento em serviços e outras categorias.
Outro ponto positivo foi o resultado financeiro, com despesas líquidas de R$ 293 milhões, abaixo do previsto, além de R$ 100 milhões de resultado de equivalência patrimonial. A companhia também foi beneficiada por créditos tributários decorrentes de juros sobre capital próprio, contribuindo para o desempenho final acima do projetado.
A alavancagem da ISA Energia permaneceu praticamente estável, em 3,44 vezes o EBITDA, e a empresa iniciou negociações de waiver com o BNDES para manter o índice dentro do limite de 3 vezes previsto em contrato. A dívida com o banco soma R$ 695 milhões.
No campo jurídico, segue em curso o processo de mediação com a Secretaria da Fazenda (Sefaz). O Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspendeu a ação por 180 dias, prazo prorrogado em maio, e uma nova audiência está marcada para 4 de novembro. Caso não haja acordo, o processo voltará ao tribunal para julgamento.
A companhia opera em 18 estados e responde por cerca de 30% da energia transmitida pelo Sistema Interligado Nacional (SIN). O relatório indica perspectiva neutra para as ações (ISAE4), com preço-alvo de R$ 25, praticamente estável frente ao valor de mercado atual de R$ 24,88.
Para os próximos anos, o BTG projeta manutenção da margem EBITDA acima de 77% e retorno sobre capital investido (RoIC) em torno de 13%. Apesar da leve retração no lucro esperado para 2025, o banco destaca a resiliência operacional e financeira da ISA Energia mesmo em um cenário de maior endividamento e ajustes regulatórios.
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