O setor de telecomunicações investiu, em 2021, R$ 35,6 bilhões, o que representou um crescimento nominal de 9,9% em comparação com 2020. Se considerar o valor pago com a aquisição das licenças do 5G no final de 2021, o montante sobe para R$ 38,5 bilhões.

Nos últimos cinco anos, a média foi de R$ 36,9 bilhões ao ano em valores reais, sem contar o valor pago em outorgas. Em valores reajustados pela inflação, que em 2021 ultrapassou os 10%, o investimento do ano passado apresentou uma queda de 1,1%.

“O investimento é o motor do crescimento econômico e o setor de telecom tem mantido a sua robustez. Estamos mantendo os investimentos acima de R$ 30 bilhões. Temos um papel importante como dinamizador da economia, seja na geração de novos negócios ou de empregos. Mesmo em um cenário de crise, aumentou o número de empregos, muito impulsionado pela banda larga móvel e telefonia móvel”, afirma Marcos Ferrari, presidente executivo da Conexis Brasil Digital.

O setor fechou o ano de 2021 empregando diretamente 545 mil trabalhadores. Comparado com 2020, houve um aumento de 8,7% no número de empregos diretos. Destaque para a área de indústria, onde a mão de obra cresceu 13,5%, e para a área de serviço, que registrou aumento de 15,6%. Já a receita bruta alcançou R$ 265 bilhões em 2021, uma queda de 3,3% em valores reais em relação a 2020. Em valores nominais, a receita bruta aumentou 5,5%. Mais de 40% da receita vem da telefonia móvel.

Ao todo, o Brasil fechou 2021 com 338,3 milhões de acessos em todos os serviços. A banda larga, fixa e móvel, registrou crescimento de 10,4% em relação a 2020. Já os serviços de telefonia fixa e TV por assinatura registraram queda de 5,8% e 9,5% respectivamente.

A cobertura da tecnologia 4G alcançou 5484 municípios, onde residem 99,8% da população. No período de um ano 178 novos municípios foram cobertos com a rede móvel.