Os provedores de Internet vêm investindo há anos na construção de backbones de fibra óptica para levar conectividade à população. Agora surge uma nova oportunidade para rentabilizar suas redes. A Orchest Technologies, empresa norte-americana com sede em Weston, Flórida, estabeleceu-se no Brasil para comprar última milha (last mile) dos provedores. O objetivo é atender clientes multinacionais que precisam de links dedicados e LAN to LAN se interligando às sedes e subsidiárias espalhadas nos continentes.

“Temos clientes em praticamente todos os países, que demandam conexões de alta velocidade entre suas filiais. Então a Orchest busca os provedores regionais e compra o last mile para atender as empresas nas localidades desejadas”, diz Yuri Penaforte (foto), analista contratado há um ano pela empresa. “Realizamos uma espécie de licitação entre os provedores de uma determinada região e fechamos com quem oferecer o menor preço, o menor prazo de entrega e o melhor atendimento. Esse tipo de modelo ‘pay as you go’ e com acesso a qualquer país do mundo é inédito na América Latina”, diz.

Segundo o executivo, a compra se dá sempre sob demanda, a pedido dos clientes internacionais e na capacidade desejada, que pode começar pequena e ir aumentando conforme necessidade. Além de ter a propriedade de pares de fibra em cabos submarinos passando pelos EUA, Europa e Ásia, como Seabras, Monet e Telxius, a Orchest tem pontos de presença em data centers em São Paulo, Rio de Janeiro e Fortaleza. “Graças a essa ampla rede de conexões globais, também conseguimos levar as empresas brasileiras para fora”, afirma.

Embora tenha preferência pela fibra, a tecnologia de acesso também pode ser via rádio licenciado ou satélite, dependendo da localização da empresa. Além disso, há casos em que o cliente precisa de redundância por uma rota diferente. Com CNPJ próprio, a Orchest pode faturar diretamente com os EUA ou no Brasil.

As oportunidades de negócio são enormes. Somente no segundo semestre de 2022, a empresa cresceu exponencialmente, comprando mais de 130 circuitos no país em last mile, em circuitos L2, DWDM e links dedicados. “Não procuro ser cliente dos provedores, eu procuro ser parceiro. Com essa visão, podemos fazer muitos negócios juntos, com benefícios para todos”, conclui o executivo.



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