A Gerdau e a Embratel anunciaram um acordo para implementar uma rede privativa dedicada 5G e LTE 4G na planta industrial de Ouro Branco, MG, criando um backbone de TI para a evolução da digitalização da produtora de aço. A iniciativa possibilitará a ampliação do uso dos conceitos de Indústria 4.0 para alavancar a automatização, produtividade, flexibilidade, visibilidade, rastreabilidade, uso de dados e segurança nos processos incluindo planejamento, produção e logística.

Desenvolvido pela Embratel, o projeto incluirá a instalação de diversas torres no local para ampliar a abrangência da conectividade e as possibilidades de automação, com cobertura em mais de 8,3 milhões de m2 da produtora de aço. A Embratel busca construir uma infraestrutura evolutiva que permita inserir novas tecnologias de ponta de maneira simplificada.

“O digital deixou de ser algo isolado para ser parte do negócio, por meio da identificação de iniciativas transformacionais, nas quais alocamos recursos, tecnologias e temos projetos robustos, que estão impactando positivamente nosso negócio. Agora, precisamos ampliar ainda mais as capacidades digitais para viabilizarmos uma cadeia de produção totalmente conectada, aumentando eficiência e produtividade da usina. A rede privativa 5G, que será implementada em parceria com a Embratel e a Claro, nos ajudará a consolidar um backbone de tecnologia para impulsionar nossas operações”, afirma Gustavo França, diretor global de tecnologia e digital da Gerdau.

“Em um cenário cada vez mais competitivo no setor, que exige uma busca contínua por mais excelência operacional, a transformação digital se torna crucial, para evolução em produtividade, segurança das pessoas e gestão sistêmica da nossa operação”, completa Rafael Gambôa, diretor da usina de Ouro Branco.

Com o desafio de integração de infraestrutura e implementação de rede privativa em áreas extensas, a Embratel e a Gerdau desenvolveram um planejamento completo para habilitar o uso da quinta geração da Internet móvel e o futuro digital da usina.

Dividido em três fases, o projeto será iniciado com a instalação de uma rede privativa LTE 4G com capacidade total de 256 Mbit/s. Já nessa etapa, a área coberta será maior do que a atual, possibilitando o aumento da abrangência das iniciativas da Indústria 4.0 já adotadas na unidade.

Na segunda fase, haverá uma grande evolução somando o 5G da Claro na frequência 3,5 GHz, à rede LTE 4G. Com o 5G e o LTE 4G, a planta passará a ter uma capacidade muito maior, totalizando 3,8 Gbit/s. A ultrabaixa latência fornecerá mais resiliência, disponibilidade e segurança para o local, pois aplicações críticas não terão infraestrutura compartilhada com a rede pública. Suportada pela rede e backbone de TI instalados, a Gerdau poderá ampliar seus investimentos em dispositivos e maquinários múltiplos mais evoluídos, como veículos autônomos e telecontrolados, além da tecnologia de gêmeos digitais, IoT - Internet das Coisas e IA - Inteligência Artificial.

A terceira fase envolverá o adensamento da rede privativa LTE 4G e 5G para fornecer ainda mais capacidade combinada, chegando a 4,8 Gbit/s, e ampliar a cobertura para toda a extensão operacional da planta.

O projeto inclui espectro licenciado, sem interferências, e altos padrões de segurança, pois cada máquina conectada receberá um SIMCard exclusivo para acessar a rede. Com isso, a autenticação do equipamento será automática, sem a necessidade do uso de senhas para conexão. Essa característica é fundamental para mitigar ameaças de cibersegurança, especialmente em dispositivos críticos, que podem gerar riscos a colaboradores em caso de perda de controle.

“A Embratel está construindo uma infraestrutura digital habilitadora de inovações, que vai muito além de velocidade na transmissão de dados. A implementação do 5G significa baixíssima latência, mais disponibilidade, abrangência e capacidade de rede, aspectos fundamentais para a Indústria 4.0. Siderúrgicas são lugares com alta complexidade e criticidade. Portanto, ter uma infraestrutura digital completa para habilitar um ambiente mais seguro e produtivo é fundamental. A Embratel está atuando lado a lado com a Gerdau para que a produtora atinja o próximo nível em sua digitalização, possibilitando a ampliação do gerenciamento e sensoriamento de ativos críticos, uso de carboxímetros conectados, caminhões autônomos, retroescavadeiras telecontroladas, além da monitoração inteligente por câmeras e drones para segurança preditiva, por exemplo”, finaliza Gustavo Silbert, diretor-executivo da Embratel.



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