“O streaming será a nova estrada do conteúdo, incluindo o conteúdo de TV”, disse André Romanon, country manager da Roku, plataforma de streaming para TV, em painel realizado na Abrint 2022 no dia 26 de maio, com o tema: “O streaming como impulsionador dos negócios de ISPs”. A visão é corroborada pelo cofundador e CEO da Watch Brasil, Maurício Almeida, que recentemente se posicionou como hub de conteúdo.

“O conteúdo é muito importante para o upselling e aumentar o tíquete médio, os serviços de streaming são um diferencial que permitem ao provedor deixar de ser commodity e parar de competir em preço. Recebi uma oferta de 600 megas ao invés de 300 megas pelo mesmo preço que pago hoje. Isso mudou minha vida, não? Não senti diferença. É neste ponto que estamos hoje. O que realmente impacta o consumidor é o conteúdo relevante e é neste ponto que ser um hub de conteúdos faz toda a diferença”, afirma o CEO da Watch Brasil. 

Além de Maurício Almeida e André Romanon, o painel também contou com a presença de Flávia Guerra, diretora executiva da DirecTV Go, e Maria Cristina Mizumoto, CEO da TV Alphaville, parceiras da Watch Brasil, que explicaram a importância do serviço dos provedores e como são uma das principais portas de entrada para quem deseja consumir conteúdo, como filmes, séries, canais de TV e transmissões esportivas. 

Flávia contou que os dados da DirecTV GO mostram que o consumo de vídeo online nos últimos três anos teve 83% de crescimento. Na população brasileira, 78% do consumo ainda é TV linear. A executiva concorda que é o consumidor que vai decidir o formato. Nesse sentido, “a DirecTV Go pretende unir ainda mais os serviços de streaming e trazer para os clientes um portfólio diverso, customizável e adaptável à realidade do mercado brasileiro. Temos muitos parceiros de streaming e oferecemos TV e streaming tudo num app somente”, afirmou Flávia.

A CEO da TV Alphaville acredita que o streaming será o caminho, por um motivo muito simples. “Os engenheiros aqui podem confirmar, mas tecnicamente, é mais barato fazer a transmissão de conteúdo por streaming. Pelo SEAC, temos regras que exigem a garantia de segurança e outros pontos que tornam o custo muito maior”, explicou Maria Cristina Mizumoto.  

Maurício Almeida afirmou que é importantíssimo que os provedores repensem seu posicionamento e passem a ver com outros olhos o mercado. “O fato é que 99% dos provedores têm o apego ao ferro, ao hardware. Quando visitamos os provedores, eles gostam de nos mostrar o banco de bateria, o contêiner que compraram de equipamentos, o data center que montaram de 400 m2 e os R$ 2 milhões investidos no headend. Mas a real é que o provedor não precisa mais de nada disso. E isso é positivo. O custo é infinitamente menor e a agilidade de produto no time to market incomparável”, contextualizou o CEO da Watch Brasil.

Atualmente, os provedores possuem 47% dos clientes de banda larga do Brasil e ainda há muito espaço para crescer. “O meio de acesso dominante no mercado ainda é o DTH/parabólica. Temos uma grande oportunidade de converter 9,3 milhões de assinantes através do streaming”, afirmou André Romanon, da Roku. “Não podemos deixar de considerar que a nova geração exige outras opções. Eles assistem mais de um conteúdo ao mesmo tempo, em diferentes devices e temos que estar preparados para atendê-los”, destacou Maria Cristina Mizumoto, da TV Alphaville.

E mais do que isso, a oportunidade está em atingir locais que hoje só estão sendo cobertos por pirataria. “O mercado de TV pirata hoje é de R$ 10 bilhões. Os provedores têm a oportunidade de converter alguns destes bilhões para o seu portfólio”, afirmou Maurício Almeida. 

A solução indicada pelos painelistas são combos que agregam valor. O consumidor não quer mais ter diversos streamings avulsos, por isso o caminho de ter parceiros que sejam um hub de conteúdo é o que faz toda a diferença para os provedores.



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