A Infinera, fabricante de equipamentos de rede de transporte óptica, aponta as principais tendências do segmento de redes de telecomunicações ópticas para 2022. Seu objetivo é responder ao momento atual de evolução do setor, em função da chegada do 5G e investimentos na América Latina.

Para a companhia, que vem redefinindo a arquitetura das redes ópticas abertas, é essencial que as operadoras e demais players do setor construam cadeias de abastecimento resilientes. Isto porque a pandemia da Covid-19 chamou atenção para a natureza e os riscos em função da escassez e dos atrasos na entrega de todos os tipos de produtos, de automóveis a eletrodomésticos.

“Os desafios enfrentados motivaram as empresas a repensar a resiliência e a diversidade de suas cadeias, bem como a quantidade de integração vertical que possuem internamente e sob seu controle direto”, afirma Andrés Madero, CTO da Infinera para América Latina e Caribe. Segundo ele, embora seja provável que as restrições de fornecimento continuem em 2022, ao diversificar os fornecedores e integrar melhor suas soluções, as companhias reduzirão riscos de desabastecimento e garantirão entregas dentro dos prazos e orçamentos propostos.

A Infinera acredita também que a tecnologia coherente iniciará seu movimento em direção à borda de acesso, devido ao maior crescimento da largura de banda na extremidade da rede, para se adaptar à nova realidade de consumo do setor industrial e oferta da nova cobertura 5G. “As operadoras atualmente estão mudando sua maneira de buscar otimizar seus custos para este segmento de rede, focando no acesso do setor às redes nas quais haverá mais mudanças disruptivas que levem à melhora geral dos custos operacionais”, acredita Madero.

Outra expectativa é que ocorra uma massificação da tecnologia coerente 800G de modo a criar novas oportunidades para provedores de serviços e suas redes. Isto porque possibilita que as redes submarinas legadas tenham vida útil e extensões de capacidade, enquanto os cabos modernos aumentarão a capacidade para 28 Tbit/s por par de fibra. “A tecnologia 800G também permite oferecer serviços mais rentáveis aos clientes 400G literalmente em todos os lugares. Além disso, em 2022, as interfaces 400G chegarão aos roteadores de forma massiva em nossa região”, aponta Madero.

O executivo da Infinera ressalta ainda que os motores ópticos plugáveis deram grandes passos, com maior desempenho óptico e potência e tamanho reduzidos, bem como suporte para pacotes QSFP-DD e CFP-2. Enquanto o 400G ZR é bem definido para apoiar uma tarefa de conectividade muito específica, como a conectividade ponto a ponto de data center a 120 km ou menos, o 400G ZR+ tem uma definição mais flexível e um conjunto diversificado de recursos.

“Em 2022, veremos muitos provedores de serviço testando e examinando casos de uso para ZR+, mas esperamos que a implementação seja mais lenta do que alguns antecipam, assim como que a maioria delas ocorra em conjunto com equipamentos de rede óptica em vez de roteadores. Teremos um ZR+ de alto desempenho em um pacote CFP-2 para conduzir implantações antecipadas em sistemas ópticos modulares compactos versus roteadores em curto prazo”, diz o executivo da Infinera.

Outra aposta é que as redes abertas, Open Optical Networking (OON), se tornarão um requisito, devido à oferta de uma variedade de tecnologias de motor óptico provenientes de vários fornecedores implementados em ambientes heterogêneos, com diversos elementos de rede, incluindo roteadores e transponders ópticos. “O grande desafio das OONs é a integração e operacionalidade, que podem ser solucionadas com uma boa implementação de software e automações que possibilitem aos operadores simplificar os processos de rede. Uma das grandes vantagens de adotar as redes abertas é que o ciclo de inovação será muito mais rápido e ágil, o que permitirá às operadoras diminuir seus investimentos e manterem-se competitivas dentro do mercado latino-americano”, acredita Madero.

Além disso, as tecnologias modulares compactas assumirão múltiplas personalidades. “Com motores ópticos coerentes em todos os tipos de tamanhos e pacotes, incluindo motores ópticos plugáveis 400G ZR e 400G ZR+ e motores incorporados 800G, 2022 é o ano em que revisitaremos o sistema de linha óptica para garantir que ele possa suportar de forma econômica comprimentos de onda com diversas capacidades”, diz Madero. Outro fato é o crescimento do tráfego e a necessidade de que tenha um baixo custo, o que significa que o mercado está no limiar de uma nova geração de ROADMs para redes metropolitanas e de longa distância. Por isso, no próximo ano, os motores ópticos e os sistemas de linha óptica serão habilitados em formatos modulares compactos, permitindo que os provedores de serviços combinem funções variadas em um único sistema.



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