Para garantir conectividade de alto desempenho e menor latência entre os cabos submarinos que aportam no litoral paulista e os principais data centers em São Paulo, a RW Telecom, empresa nacional de infraestrutura, investiu mais de R$ 20 milhões na construção de uma rede de fibra óptica 100% subterrânea entre a Praia Grande e Barueri. Com extensão total de 126 quilômetros lineares, o backbone tem como ponto de partida as landing stations da Seaborn, Monet, Telxius e Malbec e utiliza a malha ferroviária sob concessão da MRS Logística para chegar à estação da Lapa na capital. Já em área urbana, a rede continua o trajeto até as instalações da Scala Data Centers e Equinix SP2 e SP4, todas em Barueri.

Inaugurada em maio, depois de 11 meses de obras, a rede óptica foi construída totalmente do zero, em um projeto greenfield, o que trouxe desafios adicionais, como os impactos da pandemia e dificuldade logística da implementação. “Temos todas as licenças das prefeituras, concessionárias e órgãos ambientais, garantindo maior segurança jurídica ao cliente na contratação do serviço”, diz o CEO da RW Telecom, Rafael Domingues.

Segundo ele, apesar das dificuldades, a empresa percebeu que havia uma crescente demanda por redes de alta capacidade para interligar o conteúdo internacional aos data centers. “A infraestrutura atual tem mais de 20 anos e foi desenvolvida com tecnologias e cabos mais antigos. Entregamos uma atenuação mínima, sendo esse um fator diferencial relevante quando comparado a sistemas preexistentes. Empregamos novas tecnologias e alta qualidade em metodologia construtiva. A rota surge como nova opção a se tornar o principal sistema nessa interligação e alternativa de redundância aos demais circuitos”, afirma. A RW oferece equipes de operação e manutenção on-site nos trechos de planalto, serra e baixada santista. Além disso, existe um ponto de regeneração, na metade do caminho, para permitir que se coloquem equipamentos.

Embora recém-inaugurada, a rede já conta com um cliente âncora, um provedor internacional de conteúdo, que assinou contrato em 2020, antes mesmo da conclusão da obra. Também são potenciais clientes os provedores de Internet e as OTTs.

“Atuaremos com foco na venda de fibra apagada em uma rota ultra premium, cuja contratação poderá ser de longo prazo (IRU) ou um aluguel com base mensal. Não vamos competir com nossos clientes, por isso, não está nos planos iluminar essa rede e explorar serviços, apenas ofertaremos fibra como infraestrutura. Essa oferta de infra pura, neutra, é uma referência a modelos comerciais já praticados internacionalmente” destaca Domingues.

Com 96 fibras, o backbone da RW possui capacidade para ampliações futuras com o acréscimo de novos cabos ópticos nos dutos livres remanescentes, além do plano de expansão que contempla novas rotas como São Paulo – Brasília; Rio de Janeiro – São Paulo; e Rio de Janeiro – Belo Horizonte.

A RW Telecom está sediada em São Paulo e nasceu há dois anos do spin-off de um grupo de engenharia há mais de 20 anos no mercado, com experiência em desenvolvimento de projetos de telecomunicações e energia para o mercado de infraestrutura e concessões de mobilidade. Foi exatamente esse bom relacionamento com as empresas concessionárias que motivou a operadora a apostar no lançamento de infraestrutura de redes ópticas ocupando faixas de domínio existentes sob concessão.



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