Os usuários de serviços de telecomunicações pagaram no ano passado R$ 60,6 bilhões em tributos, segundo balanço de 2020 da Conexis Brasil Digital. Esse valor representa R$ 6,9 milhões pagos em tributos a cada hora. A carga tributária brasileira, uma das mais altas do mundo segundo dados da ITU - União Internacional de Telecomunicações, representa 42% da receita líquida.

“Essas altas cifras, que pesam no bolso do cidadão, servem de alerta para a necessidade de discutir o tema no âmbito da proposta de reforma tributária em tramitação no Congresso”, afirmou o presidente executivo da Conexis Brasil Digital, Marcos Ferrari. “Esperamos que o tema seja endereçado e um desfecho positivo certamente traria benefícios enormes para muitos setores e para a população”, completou.

Os fundos setoriais, entre eles o FUST - Fundo de Universalização das Telecomunicações, também abocanharam valor muito significativo no último ano: R$ 3,57 bilhões, somando mais de R$ 116 bilhões recolhidos desde 2001. No entanto, menos de 10% foram utilizados em projetos de telecomunicações na série histórica.

Especificamente para as telecomunicações, a reforma tributária permitiria uma aceleração na expansão da banda larga e uma implementação do 5G mais rápida. Ao taxar o setor em quase 50% (somando os impostos e o recolhimento dos fundos setoriais), o Brasil fica muito atrás de seus pares globais, uma vez que países que mais acessam banda larga no mundo têm um recolhimento médio de 10%.

Sobretudo em tempos de pandemia, a conectividade se mostrou elemento fundamental para o funcionamento de diferentes cadeias produtivas e também atua como facilitadora das relações humanas. “A reforma tributária é, sem dúvida, a maior política de inclusão sócio-digital que o Brasil pode fazer”, avalia Ferrari. “É praticamente impossível pensar em atividades econômicas modernas que não dependam dos serviços prestados pelas telecomunicações”, completa. O setor investiu R$ 31 bilhões em 2020 para manter e até ampliar sua atuação em momento tão crítico.

 



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