As dimensões continentais do Brasil podem tornar uma visita técnica bastante cara para os usuários de máquinas. Por isso, a fabricante de termoformadoras Lakatos (Embu das Artes, SP), tem investido nos últimos anos na criação de sistemas de conectividade e de comunicação remota para as suas máquinas.
Os mais recentes desenvolvimentos são o Lak 4.0 B (básico) e Lak 4.0 P (profissional), sistemas em que a empresa se baseia para automatizar seus novos equipamentos e também fazer o retrofitting de modelos mais antigos já em operação.
O pacote básico de recursos digitais inclui dispositivos para acesso remoto aos equipamentos para fins de manutenção, diagnóstico de problemas e atualização de software. A conexão pode ser feita por três meios: cabeada, wireless (wi-fi) e por 4G.
A versão profissional tem os mesmos recursos de conectividade, mas é fornecida com software que capta dados do controlador programável (CLP) da máquina para uso na programação ou integração com sistemas de planejamento (enterprise resource planning, ERP), além de carregar e acessar os dados remotamente, em nuvem, para fins de monitoramento.
Para desenvolver os sistemas, a empresa aumentou o seu quadro de profissionais de tecnologia da informação e se inspirou nas suas próprias rotinas de fabricação para propor soluções aos seus clientes, tendo como um dos principais objetivos baixar os custos de manutenção. “Há casos em que uma visita técnica sai mais cara do que a instalação de todo o equipamento”, informou Roberto Lakatos, diretor industrial da empresa.
“Quando o cliente está próximo, pode valer a pena a visita presencial, mas a partir de uns 50 km de distância, certamente a solução remota é a melhor opção”, acrescentou, explicando que o custo do sistema digital hoje está em torno de R$ 5.000, incluindo o aparelho de telefone celular para acesso, mas sem incluir o custo da primeira visita técnica presencial para a sua instalação.
Segundo o diretor, é preciso considerar também os benefícios da redução do tempo de diagnóstico e solução dos problemas, evitando que o usuário da máquina adie o agendamento da manutenção para evitar paradas.
Lakatos informou também que os sistemas digitais são hoje um típico caso de item opcional que se torna standard, pois atualmente 90% das máquinas são fornecidas com os recursos de conectividade instalados.
As inovações permitiram à empresa fechar o ano de 2019 com um aumento de faturamento em torno de 10%, embora as margens de lucro tenham se reduzido. Para 2020, espera-se repetir o mesmo desempenho, porém com maior margem de lucro.
Os mercados atendidos pela empresa vão desde fabricantes de embalagens em geral até aplicações técnicas para a indústria automotiva e aeronáutica.
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