A chinesa Marsriva, especializada em soluções de energia, iniciou sua estruturação no mercado brasileiro com foco no fornecimento de mini-UPS compactos para ONTs e roteadores. Os equipamentos garantem conectividade em situações de blecaute, um problema recorrente em várias regiões do país, especialmente no Norte e Nordeste.
“Hoje a Internet já está disponível de forma ampla no Brasil, mas a energia elétrica ainda não é confiável. A cada verão vemos chuvas fortes e quedas de energia, e esse cenário abre espaço para soluções que mantenham os usuários conectados”, explica Nelson Ito, vice-presidente da Marsriva Brasil, que atuou por vários anos no segmento de telecomunicações em empresas como TP-Link, Asus e D-Link, atendendo provedores de Internet e operadoras.
Os mini-UPS da Marsriva podem manter o ONT ou roteador funcionando por quatro a seis horas, dependendo do consumo do equipamento. “O notebook já tem bateria, mas sem energia o GPON e o Wi-Fi não funcionam. É nesse ponto que entramos. O usuário continua com acesso à Internet mesmo durante um apagão”, afirma Ito.
Fundada há cinco anos pelo executivo Denny Liang, ex-vice-presidente da TP-Link para a América Latina, a Marsriva tem atuação concentrada em países com infraestrutura elétrica instável, como Irã, Venezuela, Síria e Cuba. No Brasil, já mantém negócios com distribuidores como Fastlink, Fonnet e Evoluson, e agora passa a investir em uma presença direta.
Segundo Ito, os provedores de Internet são o primeiro alvo da estratégia comercial. “O provedor pode incluir o Mini-UPS como serviço adicional nos planos de banda larga, garantindo ao assinante que a conexão será mantida mesmo em caso de falhas na rede elétrica.” Outras verticais de interesse incluem o varejo, o mercado de CFTV e o segmento de energia solar.
Com capacidades de 300 VA a 80 kVA, a linha de produtos inclui modelos de entrada, voltados para roteadores residenciais, até UPS portáteis de maior capacidade, que podem alimentar geladeiras, aquecedores e sistemas de monitoramento por várias horas. “Existem três coisas que as pessoas querem manter em funcionamento quando falta energia: água quente, geladeira e internet. É nesse nicho que enxergamos grande potencial no Brasil”, observa Ito.
Para o executivo, a qualidade de energia no país ainda está distante do ideal. “Não vejo as distribuidoras investindo em confiabilidade da rede. A tendência é que os blecautes se tornem cada vez mais frequentes. Por isso, acreditamos que os provedores e usuários finais vão buscar soluções de energia de forma mais ativa nos próximos anos.”
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