A startup brasileira Zero Esgoto, fundada em 2016 em Irupi, ES, vem ganhando destaque nacional com uma solução inovadora de saneamento descentralizado. Com foco em pequenas comunidades, propriedades rurais e empresas, a tecnologia desenvolvida pela empresa trata esgoto doméstico por meio de um sistema natural de filtragem que dispensa produtos químicos e não gera lodo residual. A solução modular é de fácil instalação, não demanda energia elétrica e chega a ter um custo quatro vezes inferior ao sistema convencional.
Além disso, as estações modulares produzem água classe II, que pode ser utilizada em irrigação, aquicultura e outros usos não potáveis. Já são cerca de 6 mil unidades em operação em diversas regiões do país. O processo de tratamento usa biomassa que contém uma mistura de bactérias. O esgoto é tratado em um processo de hidrólise e, em torno de seis horas, permite a reutilização da água.
A solução também tem sido adotada em projetos de recuperação ambiental, como os da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, e da bacia do Rio Doce, no Espírito Santo, dentro do plano da Fundação Renova para recuperação da região e comunidades, após o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, MG. A startup foi escolhida também para realizar o tratamento de esgoto no maior complexo de porto-indústria privado de águas profundas da América Latina, o Porto do Açu, no Rio de Janeiro; e no programa de inovação aberta da Sabesp para implementação de sistemas unifamiliares da Zero Esgoto na cidade de Pinhalzinho.
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