Embora o país caminhe para a universalização do acesso à Internet, com 84% de seus habitantes de 10 anos ou mais usuários da rede, somente 22% dos brasileiros a partir dessa idade têm condições satisfatórias de conectividade. Para a maioria (57%), a realidade é menos positiva. A constatação faz parte do estudo inédito Conectividade Significativa: propostas para medição e o retrato da população no Brasil, lançado pelo NIC.br.

Conduzida pelo Cetic.br, a análise oferece uma avaliação detalhada das lacunas existentes no acesso, uso e apropriação da Internet no contexto nacional.

O estudo propôs um método para mensurar a qualidade e efetividade do acesso da população às tecnologias digitais, a partir da construção de uma escala derivada do processamento de indicadores da TIC Domicílios, uma das mais abrangentes pesquisas amostrais domiciliares especializadas em tecnologias da informação e comunicação feita no país. Como referencial analítico, recorreu-se à ideia de “conectividade significativa”, conceito em construção e apoiado no entendimento de que a conexão deveria permitir utilização satisfatória de diversos serviços na Internet, possibilitando o aproveitamento das oportunidades no ambiente online.

Foram definidos nove indicadores, agrupados em diferentes dimensões (acessibilidade financeira, acesso a equipamentos, qualidade da conexão e ambiente de uso). Quatro descrevem atributos individuais e os outros cinco refletem características dos domicílios. São eles: custo da conexão, plano de celular, dispositivos per capita, computador no local, uso diversificado de dispositivos, tipo e velocidade de conexão, frequência de uso da Internet e locais de uso diversificado.

A partir da soma das nove variáveis selecionadas, os pesquisadores estabeleceram diferentes níveis de conectividade significativa, o que resultou numa escala de 0 a 9 para cada pessoa presente na amostra, na qual o score 0 indica ausência de todas as características aferidas, enquanto o 9 denota a presença de todas elas. Dentre as quatro dimensões analisadas, foram os indicadores de acessibilidade financeira que apresentaram o pior desempenho, seguidos pelos de acesso a equipamentos e de qualidade da conexão.

“A complexidade do cenário atual, marcado por rápidos avanços tecnológicos, tem exigido um alargamento da compreensão sobre inclusão digital. Considerar o nível de conectividade de um país pela quantidade de usuários de Internet entre seus habitantes não é mais suficiente. Os debates mais recentes no Brasil e no exterior sobre a questão enfatizam a necessidade de pensar na conectividade de maneira abrangente. Para entendermos melhor nossa realidade, decidimos dar um passo além e, numa iniciativa inédita, investigamos a qualidade da conectividade dos brasileiros por meio de diferentes recortes”, destaca Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br|NIC.br.

A análise completa pode ser acessada pelo link: https://tinyurl.com/pm4rcxj9.



Mais Notícias RTI



TP-Link se mobiliza para ajudar o Rio Grande do Sul

Mais de 6 mil roteadores serão disponibilizados para fortalecer a comunicação.

14/05/2024


Grupo Mulheres Provedoras cresce em Pernambuco

Movimento está aberto a mulheres de todo o país e de qualquer área da empresa.

14/05/2024


Empresas de nuvem se unem no apoio tecnológico às empresas do Rio Grande do Sul

Iniciativa reúne mais de 30 empresas em campanhas de doação e entrega de serviços.

13/05/2024