Copasa vai iniciar em abril as obras de ampliação dos sistemas de água de reúso em seis ETEs - Estações de Tratamento de Esgoto na Região Metropolitana de Belo Horizonte: Arrudas (foto), Bandeirinhas, Justinópolis, Nova Contagem, Santa Luzia e Vale do Sereno.

Serão investidos R$ 735 mil nesse projeto, que já foi implantado e está em funcionamento nas ETEs Onça (2013), Ibirité (2015), Betim Central (2018) e Estação de Tratamento de Água Fluvial (Etaf) Pampulha (2020). 
Com a expansão para outras estações, a companhia pretende economizar quase 66 milhões de litros de água potável, o suficiente para atender à demanda mensal de abastecimento de pequenos municípios, com cerca de 1,2 mil habitantes.

Atualmente, na Grande BH, o percentual de água de reúso utilizado no processo de tratamento corresponde a aproximadamente 18%. Nesse contexto, foi lançado pela Copasa o desafio de padronizar as ações para reúso do efluente tratado nas ETEs da região metropolitana visando a possibilidade de expandir essa prática para as demais ETEs do estado.

O desafio em pauta levou Patrícia Rezende de Castro, gerente da Unidade de Serviço de Apoio Operacional Esgoto Metropolitana, e Rúbia Andère Nogueira, gestora de Empreendimentos de Grande Porte – ETE Onça, a idealizarem o projeto, quando participaram do programa Copalíder da Copasa, programa que incentiva os próprios funcionários a idealizar projetos tecnológicos, inovadores e sustentáveis para a evolução dos processos da companhia.

De acordo com Patrícia, especificamente neste projeto, foi reavaliado o uso da água potável nos processos de tratamento dos esgotos nas ETEs, e os resultados obtidos apontam para diversos benefícios, como melhoria na prestação dos serviços, redução de custos operacionais, aumento da segurança e redução do volume de efluentes tratados lançados no meio ambiente.

“Dentre todos estes benefícios, o mais importante talvez seja a possibilidade de fortalecer nas empresas de saneamento a consciência de que suas atividades podem ser, além de lucrativas e longevas, oportunas para aumentar seu potencial de cuidar da água e gerar valor para as pessoas”, frisou Patrícia.

Atualmente, o tratamento de esgoto realizado na grande maioria das ETEs que a companhia tem espalhadas é de nível secundário, ou seja, segue padrões de qualidade estabelecidos pela ANA - Agência Nacional de Água e Saneamento Básico. Entretanto, para se atingir esse padrão de qualidade, é usada muita água potável nas diversas fases do tratamento do esgoto que chega às estações. 

Na fase final do tratamento, durante o desaguamento, ocorre a separação do lodo da parte líquida. Para facilitar essa separação do material sólido do efluente é adicionado um polímero que reage com o lodo, fazendo com que suas partículas se aglutinem. Porém essa operação necessita de um grande volume de água para que ocorra a mistura correta entre o efluente e o polímero. As obras nas seis ETEs da RMBH, que terão início em abril, serão realizadas justamente para construir uma tubulação que irá canalizar parte do efluente tratado, que será transportado até os tanques onde ocorre a mistura do polímero, para ser utilizado na centrífuga, num sistema que se retroalimenta, eliminando o uso de água potável no processo.



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