O BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, em parceria com o Fundo Vale, Energisa e Norte Energia, lançou edital no âmbito do programa Floresta Viva, que destinará até R$ 26,7 milhões em recursos não reembolsáveis para projetos de restauração de áreas degradadas e fortalecimento de cadeias produtivas da bacia hidrográfica do Xingu, na região amazônica.

Para o edital Xingu, cada uma das empresas parceiras contribuiu com R$ 4,45 milhões, e como parte de um cofinanciamento, o BNDES igualou esse valor, que resultou no apoio total de R$ 26,7 milhões.

O edital será executado pelo FUNBIO - Fundo Brasileiro para a Biodiversidade, Organização da Sociedade Civil de Interesse Público. “No edital Xingu, levamos em consideração o contexto socioeconômico e cultural da região, conciliando os benefícios ecológicos e de manutenção dos serviços ecossistêmicos com a geração de emprego, renda e segurança alimentar para as populações locais. Além disso, a ação contribui para a redução da pressão de degradação sobre a vegetação natural”, revelou Tereza Campello, diretora Socioambiental do BNDES.

Serão apoiados até nove projetos distribuídos em três regiões principais: Baixo Xingu, Médio Xingu e Alto Xingu, que perpassam os estados do Pará e Mato Grosso. Para isso, o edital define três metas específicas relacionadas à elaboração e aprovação de diagnóstico e plano de restauração; implementação e monitoramento do plano de restauração e fortalecimento das cadeias produtivas associadas à restauração das áreas selecionadas. O prazo para execução dos projetos é de até 48 meses.

Instituições sem fins lucrativos, como associações civis e fundações privadas nacionais e cooperativas em qualquer grau de constituição, podem participar do edital. Os interessados devem enviar suas propostas até o dia 6 de novembro, por meio de formulário eletrônico, disponível no site: https://chamadas.funbio.org.br/floresta-viva-restauracao-bacia-do-rio-xingu.

A bacia do Rio Xingu abrange cerca de 53 milhões de hectares e 50 municípios nos estados do Pará e Mato Grosso. O rio percorre áreas protegidas, como terras indígenas e unidades de conservação, criando um corredor de biodiversidade que conecta biomas, mas enfrenta desmatamento, tendo perdido 730 mil hectares, entre 2019 e 2022.

“A Bacia do Rio Xingu é fundamental para a Amazônia e para o Cerrado, para o clima e para os moradores dessas regiões, o apoio a projetos de restauração promoverá também um grande impacto positivo na socioeconomia da região”, disse Manoel Serrão, superintendente de Gestão de Programas do FUNBIO.



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