A brasileira Solvian, empresa de soluções de monitoramento de ambientes e ativos com sensores IoT – Internet das Coisas para indústria 4.0, e a multinacional Percepto, especializada em soluções autônomas de monitoramento de instalações industriais via drones e robôs, acabam de fechar uma parceria.

Com o acordo, a Solvian ampliará a abrangência de seus softwares de monitoramento de ambientes, ativos e manutenção preventiva de máquinas, que passarão a prever falhas que chegam como dados visuais também pelo ar, coletados por drones autônomos, que não precisam de piloto. Com isso, as empresas que utilizam o software poderão receber, em minutos, alertas e análises preditivas a partir de imagens de vídeo e térmicas capturadas durante um voo programado em locais de difícil acesso, onde engenheiros levariam semanas e poderiam errar analisando pelo olho humano.

Segundo Daniel Vilas, diretor geral da Solvian, as soluções das duas empresas se complementam e a sinergia dos times promete acelerar o desenvolvimento e comercialização dos produtos em um mercado com uma demanda crescente. “Agora podemos resolver qualquer necessidade de monitoramento de qualquer tipo de indústria, chegando até a predição, que é conseguir prever que algo vai falhar antes que aconteça, seja por terra, água e agora, junto com a Percepto, pelo ar”.

A meta é crescer não só na oferta de serviços, mas também na base de clientes no Brasil e América Latina. "Atualmente com clientes na Colômbia, Argentina e Costa Rica, nossa expectativa é dobrar de tamanho, comparado ao ano anterior", conta Vilas, que espera atingir pelo menos R$ 14 milhões de faturamento até o final de 2022.  

Os drones não serão vendidos separadamente e, sim, farão parte de um modelo SaaS - Software as a Service, sendo gerenciados pelo software da Percepto. As indústrias poderão fazer uso do aplicativo pela Internet, pagando pelo serviço como assinatura anual. “As empresas que contratarem o serviço serão treinadas a operar os sistemas de drones e robôs, a programar as rondas, a fazer a leitura dos relatórios, sempre com acompanhamento da Solvian no Brasil. O suporte (nível 1 e nível 2) também será prestado, bem como a manutenção dos drones e robôs. E, quando necessário, será escalado o suporte de Israel e Estados Unidos”, explica Vilas.

Segundo Dante Dominguez, diretor de vendas para a América Latina da Percepto, como os drones são adaptados para atividades industriais, eles sobrevoam os locais programados e depois voltam para uma base, uma espécie de caixa, que recarrega as baterias do drone por indução. “É diferente de um drone normal, do qual você tem que trocar a bateria manualmente. Além disso, ele transfere as imagens e dados coletados (tanto visuais como as da câmera térmica) para um gateway da base, que envia os dados para a nuvem e vai para a Percepto, onde são feitas as análises e o processamento desses dados com inteligência artificial para a geração de relatórios e BI”.

“Os gestores ou engenheiros recebem alertas sobre a saúde dos ativos não importa onde estejam no mundo. Depois de avisados que um problema foi encontrado, e em qual momento do vídeo ele aparece, a empresa pode, por exemplo, ampliar aquela imagem, e constatar que se não fizer uma manutenção, uma troca, ou outro tipo de reparo, daqui seis meses ou um ano poderá ter um problema maior. Essa é a grande vantagem do software. Ele faz análises e predição com machine learning e não somente entrega imagens ou vídeos para serem analisados pelo olho humano, como é a ideia do público geral sobre drones”, esclarece Daniel Vilas.

“Existem inúmeras possibilidades de aplicação dos drones, como em áreas de difícil acesso de veículos, em pontes e trilhos de ferrovias, represas e barragens, tanques de armazenamento de petróleo, de gás, áreas de mineração, em campos de painéis solares, lugares para os quais ninguém estaria olhando. O software de monitoramento consegue encontrar problemas que seriam imperceptíveis ao olho humano, e são transformados em informação gerencial para que os engenheiros ou técnicos consigam tomar decisões mais rapidamente e de forma mais assertiva”, completa Vilas.

Segundo Dominguez, a partir de agora, as empresas que tiverem algum dispositivo de monitoramento vão poder ter integração com o sistema Percepto. “Supondo que uma empresa tenha uma câmera fixa conectada para inspecionar uma determinada área industrial, ou outro dispositivo de monitoramento, a Percepto consegue pegar as informações dessa câmera, ou de qualquer dispositivo, ou robô, ou até de imagens filmadas com um celular, e inserir tudo isso na base de dados do software Percepto. Pela união das informações, é possível gerar um modelo 3D, analisando aquela área por todos os pontos de vista”.



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