Para estimular a preservação e uso consciente dos recursos naturais, em especial da água, é importante despertar o interesse da população pelo tema, por meio da difusão de conhecimentos, debates e estímulos criativos capazes de envolver crianças e adultos. Pensando nisso, a AESapesp – Associação dos Engenheiros da Sabesp está desenvolvendo o projeto Museu Água, um novo espaço cultural que deverá ser inaugurado em 2022, na região do Parque Ibirapuera, em São Paulo.

Inspirado em espaços dedicados ao tema, como o Water Museum da Unesco, que tem unidades em várias cidades do mundo, o Museu Água de Indaiatuba, SP, e o Museu do Saneamento de Curitiba, PR, o novo museu terá exposições permanentes e temporárias para que as pessoas visitem e voltem a visitar depois de algum tempo. Abordará temáticas como a água na natureza, água tratada e levada às residências, água de chuva e esgoto, entre outros.

“É um espaço de experiências para as pessoas se apropriarem do conteúdo de forma prazerosa, aprendendo a valorizar os recursos naturais”, diz a presidente da AESabesp, Viviana Borges. O museu abordará o conhecimento das diversas formas da água, usos, interação com a natureza e a importância para a sociedade, mostrando o passado, manutenção e divulgação de acervos históricos do saneamento, mas com um olhar para o futuro. “Queremos aproximar a sociedade dos temas de saneamento e meio ambiente e também torná-los mais acessíveis às escolas. Por meio desse espaço de convivência, podemos desenvolver a consciência sobre o valor dos recursos”, frisa a presidente da entidade.

A obra ocupará uma área de aproximadamente 2400 m², pertencente à Sabesp, e contará com uma praça de integração entre o MAC – Museu de Arte Contemporânea e o Instituto Biológico, somando-se ao circuito cultural de São Paulo. “A cidade atrai turistas do Brasil e do mundo todo. O espaço será um novo atrativo, que terá também café e loja”, diz Viviana.

A ideia de criar o Museu Água de São Paulo surgiu numa conversa da AESabesp com a diretoria da Sabesp, em 2019. Na ocasião, a associação viu a possiblidade de resgatar um projeto da companhia com a Fundação Energia para a preservação da história do saneamento. Assim, com o engajamento de voluntários e membros da entidade, deu-se início às atividades para tirar a ideia do papel e viabilizar a execução do projeto.

O projeto arquitetônico do museu foi desenvolvido pelo escritório SIAA Arquitetos. O anúncio da escolha foi feito no início de 2020, em concurso nacional de arquitetura sustentável do Museu Água. Atualmente, o Instituto Pedra desenvolve o projeto executivo e a Base7 desenvolve o plano museológico.

A estimativa de investimentos para a construção do espaço é de R$ 21 milhões. A Sabesp é uma das empresas apoiadoras, mas a AESabesp busca outros parceiros para o empreendimento. O valor foi dividido em 13 cotas de patrocínio, em diversas modalidades, que também está aberto a pessoas físicas. Leis de incentivo à cultura favorecem esse suporte, com abatimentos no Imposto de Renda e Lei Rouanet. Os patrocinadores terão seus nomes divulgados no espaço e nas campanhas de marketing.

“Essa é uma ação de sustentabilidade. O projeto foi idealizado pela AESabesp, mas é de toda a sociedade. A associação, através dos seus parceiros, conquistou um bom know-how para realizar um projeto grande como a Fenasan, o Encontro Técnico, e agora embarcou nessa nova iniciativa, que já nasceu grande por sua localização e seu propósito”, considerou a executiva.

Informações sobre o museu e como apoiar o projeto podem ser encontradas no site:www.aesabesp.org.br/museu-agua/.



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