O método de compostagem escolhido pela Ambiental Metrosul, PPP – Parceria Público-Privada da Aegea com atuação na região metropolitana de Porto Alegre, RS, é o de “leiras”, que são faixas de terra dispostas sobre uma base de lona para o isolamento do solo. No local, também é depositada uma mistura do lodo em estado semissólido e serragem (pode ser substituída por resto de podas de árvores). Assim como o calor e a umidade, a temperatura interna da leira é outro aspecto muito importante, sendo que esta deve atingir 55 graus para garantir a eficiência do processo e a eliminação total de patogênicos que ainda restaram no resíduo após o tratamento. Dessa forma, são mantidos os principais nutrientes, como fósforo e nitrogênio, transformando o composto em um fertilizante seguro para utilização em plantações.  

“Comparado à alternativa convencional, com uso do aterro sanitário para o descarte, o reaproveitamento do lodo em compostagem, além de econômico, é também muito benéfico ao meio ambiente, pois daremos uma destinação mais limpa ao resíduo”, salienta o gerente de Operações da Ambiental Metrosul, Fernando Rettore. O protótipo terá um período de maturação de aproximadamente seis meses. A ideia é firmar parcerias com empreendedores para a testagem do composto em plantações. Ainda segundo o gerente, os resultados e as análises do piloto vão embasar novos estudos para ampliação do projeto. “A expectativa é de que, futuramente, a ETE se torne um centro de compostagem da empresa, com aproveitamento de 100% do lodo gerado na estação”, destaca.

O projeto do lodo para compostagem está sendo acompanhado rotineiramente por técnicos especializados e os procedimentos são informados aos órgãos competentes a fim de garantir a segurança e qualidade da operação, bem como o atendimento à legislação ambiental.

Com a ampliação da cobertura do tratamento de esgoto em nove municípios em mais de 87% nos próximos 11 anos, a quantidade de lodo gerada nas estações aumentará gradativamente. Pensando nisso, a Ambiental Metrosul pretende promover ainda este ano, junto ao meio acadêmico, novos projetos que estimulem o desenvolvimento de pesquisas e iniciativas para reaproveitamento do resíduo.



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