A proliferação de algas tem sido um grande desafio ao tratamento de água. Além de entupir filtros de areia, elevar custos de bombeamento e reduzir a vazão em até 10%, as florações produzem geosmina e 2-metilisoborneol (MIB), dando à água um sabor e odor desagradáveis. Como esses compostos não podem ser removidos através da filtração tradicional, as empresas buscam formas de resolver o problema.

A LG Sonic está apresentando uma solução baseada em ultrassom, a MPC-Buoy, para combater a floração de algas sem o uso de produtos químicos. A empresa possui escritórios no Brasil, Estados Unidos, Holanda e Emirados Árabes Unidos, com mais de 10 mil unidades instaladas em 100 clientes em 55 países.

Um de seus clientes é a Vale, que instalou, em uma das maiores minas de ouro da América Latina, situada no Peru, a tecnologia de ultrassom para controle de algas na estação de tratamento de água responsável pelo abastecimento a 5 mil famílias na região. Antes da instalação, florações de algas costumavam entupir os sistemas de filtragem, restringindo o fluxo para o reservatório. Isso forçava o fechamento da estação para a limpeza manual dos filtros.

O processo envolvia custos altos devido à necessidade de pausa nos processos e trabalhos manuais necessários. Ocasionalmente, a presença de algas azuis-verdes causava odores desagradáveis e o surgimento de uma espuma branca na superfície da água.

Após menos de dois meses de uso da tecnologia ultrassônica da LG Sonic, os resultados mostraram níveis constantes e saudáveis de algas. A saturação de oxigênio dissolvido aumentou em 5% e os níveis de pH se estabilizaram.

No sistema, uma boia flutuante movida a energia solar combina o monitoramento contínuo, softwares web e tecnologias ultrassônicas para efetivamente controlar florações em tempo real. A tecnologia emite ondas ultrassônicas que criam uma camada de som na parte superior da água, impactando a flutuabilidade das células de algas. Essas células afundam para camadas mais profundas, onde não conseguem mais acessar a luz solar e naturalmente morrem.

A tecnologia MPC-Buoy consiste em um processo de três estágios. Primeiro, monitora espécies de algas e parâmetros da água em tempo real; segundo, conforme os dados são coletados, impede novas florações em até 10 dias antes de ocorrerem; e terceiro, usa um algoritmo de aprendizagem de acordo com os dados para ajustar as frequências de ondas como resposta a mutações e alterações ambientais.

Segundo a empresa, o método elimina de 70% a 90% das algas existentes e impede o crescimento de novas florações. Sistemas MPC-Buoy foram instalados no mundo em reservas de água potável, lagos recreativos, lagoas de efluentes e reservatórios de irrigação.



Mais Notícias HYDRO



Desenvolve SP oferece financiamento de R$ 1 bilhão para obras de saneamento em São Paulo

Empresas contratadas pela Sabesp terão apoio da agência de fomento para executar obras para as cadeias produtivas do IntegraTietê.

15/04/2024


Sanepar lança programa para definir metas e tipos de reúso

Com 264 ETEs, companhia irá definir as possibilidades de aplicação em cada região.

15/04/2024