Durante a Fenasan 2025, a ABPE - Associação Brasileira de Tubos Poliolefínicos e Sistemas apresenta os resultados da mais recente pesquisa setorial sobre o desempenho do mercado brasileiro de tubos poliolefínicos, estudo realizado em parceria com a MaxiQuim. O levantamento reúne dados sobre produção, consumo, comércio exterior e tendências do setor, com destaque para o papel estratégico no avanço do saneamento básico no Brasil.
Segundo a pesquisa, a produção nacional de tubos poliolefínicos atingiu 129 mil toneladas em 2024, com crescimento de 5,3% em relação a 2023. A maior demanda veio da construção civil e da infraestrutura, especialmente em projetos de adução e distribuição de água potável, redes de esgoto e sistemas de drenagem. O levantamento projeta ainda crescimento médio de produção esperado pelas empresas associadas entre 5% e 28%, salvo nos casos em que empresas do setor pretendem aumentar capacidade produtiva, indo além dessa faixa.
O crescimento da produção é escalar: de 123 mil toneladas em 2023 para 129 mil toneladas em 2024 (5,3%) e de 129 mil toneladas para 137 mil toneladas em 2025 (números estimados, num crescimento de aproximadamente 6%). Segundo a entidade, o estudo também evidencia a relevância dos tubos de polietileno (PEAD) em sistemas de abastecimento de água, “que se consolidam como a principal aplicação no segmento de saneamento básico, substituindo gradualmente materiais tradicionais, como o aço, o ferro fundido e o concreto”.
Há ainda como ponto de destaque o potencial de expansão no Nordeste brasileiro, região que ainda apresenta grandes lacunas de cobertura e forte necessidade de investimentos em saneamento. “O Brasil ainda enfrenta enormes desafios para universalizar o saneamento básico, e os tubos poliolefínicos são fundamentais para superar esses gargalos. Eles oferecem durabilidade, eficiência e segurança, fatores essenciais para ampliar redes de água e esgoto no país. A ABPE reafirma seu compromisso de contribuir com soluções técnicas para que a sociedade brasileira tenha acesso a serviços de qualidade”, afirma Osvaldo Barbosa de Oliveira Júnior, diretor-presidente da ABPE.
A pesquisa aponta que o marco do saneamento segue sendo um fator importante para impulsionar investimentos no setor, ainda que os efeitos práticos sejam percebidos de forma desigual entre os materiais. Enquanto parte dos fabricantes já realizou investimentos em capacidade produtiva, o crescimento mais acelerado depende da ampliação efetiva de obras públicas e privadas.
Além do saneamento, a ABPE identifica oportunidades em setores como agricultura, telecomunicações, óleo & gás e mineração, mas reforça que a universalização do saneamento é a agenda mais urgente e estratégica para o Brasil.
Para que essa tendência de crescimento seja consistente, a ABPE tem atuado desde sua fundação de forma estratégica com ações para a garantia da qualidade, por meio da implementação e promoção de iniciativas como o Programa da Qualidade – ABPE/GQ01, visando garantir conformidade técnica, segurança e desempenho dos produtos poliolefínicos utilizados em obras de infraestrutura urbana e saneamento.
Ampliando essa ação, em junho de 2025, foi deliberada a implantação do Programa Setorial da Qualidade (PSQ-ABPE), voltado às tubulações de polietileno para redes e ramais prediais de água e esgoto pressurizado. Este novo programa está sendo criado seguindo as diretrizes e alinhado aos princípios do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat – PBQP-H, iniciativa do Ministério das Cidades voltada à melhoria da qualidade na construção civil, e terá como objetivos assegurar a conformidade dos tubos de polietileno em relação às normas técnicas vigentes, oferecer segurança e confiabilidade aos usuários e compradores dos sistemas, combater a não conformidade no mercado e promover a melhoria da qualidade dos produtos e serviços do setor.
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