Publicado em 15 de julho de 2025, o levantamento, elaborado em parceria com a GO Associados, avaliou os indicadores de saneamento básico de SINISA, ano-base 2023, nos 100 municípios mais populosos do Brasil.

Desde 2009, o Ranking monitora os principais municípios, focando em três dimensões: nível de atendimento, evolução do atendimento e eficiência operacional. O estudo alerta que 16,9% dos brasileiros ainda não têm acesso à água potável e 44,8% não contam com coleta de esgoto – dados que impactam diretamente a saúde pública, produtividade, valorização imobiliária e qualidade de vida. O pódio do ranking ficou com Campinas e Limeira, SP, e Niterói, RJ.

Observou‑se uma queda nos resultados gerais no comparativo com a edição anterior, porém isso se deve à nova base do Censo 2022, que redefiniu dados de domicílios, e não à piora real dos serviços.

Em relação à coleta total de esgoto, apenas seis capitais têm índice de mais de 90% de atendimento: Goiânia, São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte, Boa Vista e Porto Alegre. Contudo, há capitais na macrorregião Norte com taxas de esgotamento sanitário baixas, inferiores a 10%. São os casos de Porto Velho, com 9,27%, e Macapá, com 7,78%.

No que diz respeito ao tratamento de esgoto, os gargalos parecem ainda maiores, pois somente cinco capitais apresentam ao menos 80% de tratamento de esgoto: Curitiba, Brasília, Boa Vista, Rio de Janeiro e Salvador.

Os indicadores de perdas de água também são elevados. No caso de perdas na distribuição, somente Goiânia e Teresina apresentaram índices menores que 25%, com 12,68% e 24,20%, respectivamente.

A análise dos investimentos médios nas capitais brasileiras, entre 2019 e 2023, a valores de fins de junho de 2023, indica que no período foram investidos cerca de R$ 30,5 bilhões em valores absolutos nas capitais, sendo que o município de São Paulo realizou quase 40% desse montante, com aproximadamente R$ 11,5 bilhões. Naturalmente, foi a cidade com o maior investimento total no período, seguida pelo Rio de Janeiro, com R$ 2,9 bilhões, e Fortaleza, com R$ 1,8 bilhão.

Os 20 melhores municípios investiram em média R$ 176,39 por habitante (2019–2023), 20% abaixo do necessário para a universalização, estimado em R$ 223,82.

Os 20 piores municípios investiram apenas R$ 78,40 por habitante – 65% abaixo do mínimo requerido.

O Norte e Nordeste concentram 8 das 20 piores posições, incluindo capitais como Porto Velho, Macapá, Rio Branco, Manaus, Belém e Recife. Dentre as capitais, apenas Curitiba, Brasília, Boa Vista, Rio de Janeiro e Salvador tratam ao menos 80% do esgoto coletado. Já Porto Velho, Macapá, São Luís e Teresina tratam menos de 20% do esgoto.

No Paraná, cinco cidades (Curitiba, Foz do Iguaçu, Ponta Grossa, Maringá e Londrina) estão entre as 20 melhores do país, resultado que reflete a eficiência da Sanepar.

O estudo completo pode ser acessado no link: https://tratabrasil.org.br/ranking-do-saneamento-2025/.



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