Com mais de quatro décadas de atuação na Europa, a empresa austríaca Probig vem consolidando sua presença no Brasil com uma tecnologia voltada à eficiência e durabilidade nos processos de raspagem de lodo e sedimentos. Representada no país pela Naest, de São Paulo, a companhia participou da IFAT Brasil 2025 apresentando suas soluções em sistemas de raspadores e roscas transportadoras construídas com polímeros reforçados com fibra de vidro – alternativa aos tradicionais componentes metálicos usados em estações de tratamento.
Segundo Leonardo Missaci, diretor da Naest, os sistemas da Probig apresentam vantagens operacionais e econômicas. “Por serem não metálicos, os raspadores são mais leves, o que reduz o consumo de energia, e mais duráveis. A expectativa de vida útil chega a 20 anos, frente aos sete anos médios de um raspador metálico convencional”, explica. Além de não sofrerem com corrosão, os materiais oferecem alta resistência física e química, com desempenho superior ao aço em muitos casos.
O sistema de raspagem pode atuar tanto na remoção de lodo do fundo quanto de resíduos da superfície, como lodo flotado e espuma. O design leve do equipamento facilita a operação e o tracionamento, já que todo o conjunto, incluindo as correntes, também é feito com polímeros projetados para reduzir atrito e evitar patinagens.
Uma das aplicações mais relevantes no país é a instalação dos raspadores na ETA - Estação de Tratamento de Água do Guandu, RJ, considerada a maior do mundo em volume tratado. Desde 2018, os equipamentos da Probig operam em três dos nove tanques da unidade. “Há potencial de expansão nessa instalação, e a Probig já demonstrou que seu sistema funciona bem em larga escala, com baixo custo de manutenção”, destaca Missaci.
Outro diferencial destacado pela empresa é a facilidade de inspeção visual das pás em operação, um recurso disponível em uma das configurações adotadas na ETA Guandu. “Esse contato visual direto permite intervenções rápidas e mais assertivas em caso de necessidade de manutenção”, afirma o executivo.
Além do saneamento público, a Probig atende também indústrias como a petroquímica, onde seus equipamentos são utilizados em ambientes com risco de explosão. Para esse tipo de aplicação, a empresa desenvolveu um polímero especial, que evita geração de eletricidade estática e faíscas. No Brasil, a Petrobras já utiliza essas soluções em algumas de suas unidades.
A linha de produtos da Probig inclui ainda roscas transportadoras fabricadas com os mesmos materiais não metálicos, oferecendo resistência superior em ambientes agressivos e exigentes. O objetivo da Naest é expandir o uso das tecnologias para outros setores, como indústrias de alimentos, papel e celulose e frigoríficos, além de novas estações de tratamento de água e esgoto.
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