A Cagepa - Companhia de Água e Esgotos da Paraíba apresentou os resultados do estudo de viabilidade técnica-financeira para geração da energia elétrica deve ser produzida a partir do biogás liberado pela ETE - Estação de Tratamento de Esgoto de Mangabeira, em João Pessoa, PB. O objetivo é promover uma solução inteligente para a gestão de resíduos orgânicos, diminuindo custos e os efeitos dos gases de efeito estufa.

Participaram também da reunião representantes da UFPB - Universidade Federal da Paraíba, do IFPB - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, da PBGás - Companhia Paraibana de Gás e do Sindalcool - Sindicato da Indústria de Fabricação do Álcool da Paraíba.

O estudo foi realizado pela empresa de consultoria GW Energia. Nos últimos meses, os especialistas fizeram um diagnóstico inicial do potencial da Cagepa, definiram a melhor rota tecnológica, para só depois desenharem um modelo de negócio personalizado e, assim, entregarem o projeto pronto para investimento, com retorno financeiro, ambiental e social.

“A ideia é buscar formas de reduzir os custos com energia elétrica, já que esses gastos representam entre 28% e 30% do custo operacional da companhia, além dos benefícios sociais e ambientais. O relatório apontou que o conceito desenvolvido para o estudo da Estação de Tratamento de Esgotos de Mangabeira pode ser replicado para outras estações da Cagepa, bem como pode ser usado como base para o planejamento de novas unidades”, explicou o gerente de Novos Negócios e Inovação, Altamar Cardoso.

Segundo o assessor da Diretoria de Operação e Manutenção da Cagepa, Antônio Teixeira, a companhia já caminha para ingressar no movimento de autoprodução de energias renováveis há quatro anos. “O relatório trouxe resultados além das nossas expectativas iniciais. Vamos seguir com os desdobramentos no sentido de aplicar a tecnologia seja no biogás e com o biometano, que é um gás combustível que poderá ser utilizado pela frota de veículos da Cagepa”, afirmou.

O biogás é uma mistura de vários gases: gás metano (CH4), gás carbônico (CO2), vapor de água (H2O), sulfeto de hidrogênio (H2S), amônia (NH3) e outros gases que aparecem em proporções menores do que 1%. O metano é um gás inflamável, inodoro, incolor e prejudicial ao meio ambiente, cujo potencial de aquecimento global é 25 vezes maior que o atribuído ao dióxido de carbono. Por isso, a recuperação do biogás tem sido promovida com o intuito de minimizar impactos ambientais e de oferecer soluções energéticas renováveis.



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