O Corpo de Bombeiros de São Paulo lançou consulta pública para criar regulamentação específica para disciplinar a disposição de vagas em estacionamento e carregadores para veículos elétricos. A minuta do parecer da CP, intitulada Ocupações com estações de recarga para veículos elétricos”, ficará aberta para contribuições até o dia 5 de maio, no Diário Oficial do Estado de São Paulo.

Entre as propostas, estão regulamentações técnicas para a instalação de carregadores e segurança estrutural, como equipamentos para desligar os carregadores de forma manual e que estejam entre 20 e 40 metros do aparelho, além da presença de extintores e de sinalizações de perigo.

No caso das vagas, uma alternativa apresentada pela minuta é o distanciamento mínimo de cinco metros entre o carro elétrico, em um ponto de carregamento, e outro veículo de qualquer tecnologia. Há também a alternativa de fazer paredes corta-fogo entre os veículos.

Em garagens cobertas, a proposta é instalar chuveiros automáticos (sprinkler) com detectores de fumaça, além de chuveiros individuais, desde que a vaga seja cercada por parede corta-fogo até o teto. A proposta também quer proibir carregadores em estacionamentos onde os carros tenham que ficar em área de difícil acesso.

Caso seja aceito, o parecer dá prazo de um ano para que as adequações sejam feitas. Edifícios já licenciados para ter carregadores precisariam atualizar os pareceres, mesmo que já estejam adequados. Há estimativa de que, caso aprovada, a portaria do Corpo de Bombeiros eleve os custos e a demanda por espaço para a instalação de novos pontos de recarga e para a adequação dos existentes.

Para o conselheiro da ABVE - Associação Brasileira do Veículo Elétrico, Evandro Mendes, o pior caso ficaria para instalação de pontos de recarga caseiros em prédios residenciais, que ficariam praticamente inviabilizados. Em estacionamentos particulares e prédios comerciais a maior ocupação de espaço e o custo elevado seriam entraves para a instalação de pontos de recarga.

Para ele, a preocupação dos bombeiros paulistas é infundada. “Não há histórico de incêndios devido a baterias ou durante a recarga no Brasil. Observando o mercado dos Estados Unidos, onde apenas três a cinco incêndios ocorreram durante recargas entre 2019 e 2022, de um total de quase 6 milhões de veículos elétricos, ressalto que a incidência é praticamente irrelevante, contrastando com a média anual de 213 mil incêndios em veículos a combustão”, diz.



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