Uma das principais ações de difusão da eficiência energética entre grandes consumidores de energia do país, o Programa Aliança agora tem uma plataforma on-line para tornar abertas algumas informações sobre os vários projetos implementados por essa iniciativa conjunta da CNI - Confederação Nacional da Indústria, Abrace - Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e Consumidores Livres, MME - Ministério de Minas e Energia e a Universidade Federal de Campina Grande.

Ainda com a intenção de se tornar um canal de comunicação com os gestores do programa e de centralizar notícias sobre eficiência energética, o portal www.programaaliancacni.com.br  compartilha dados de projetos implementados em 12 indústrias energointensivas a partir de 2018, quando o programa passou a ser financiado pelo Procel, da Eletrobrás. As participantes são dos setores de siderurgia, mineração, cimento, papel e celulose e química, empresas como Gerdau, Oxiteno, Suzano, Vallourec, AngloAmerican, CSN e Nexa.

É possível ao público em geral ter acesso no portal a relatórios das iniciativas adotadas nas indústrias, com restrições de conteúdo por conta de sigilos operacionais de cada empresa. A mesma plataforma, porém, é utilizada pela equipe técnica do Aliança para se comunicar com os gestores dos programas em implantação dentro das indústrias, em áreas restritas do portal.

Nos relatórios é possível conhecer o histórico dos projetos, com resumo sobre as etapas de diagnóstico de oportunidades de eficiência e de planejamento de implementação, em processos conduzidos por especialistas do programa em conjunto com os gestores das empresas. As informações, porém, não entram em detalhamentos técnicos. Para embasar os projetos, a equipe de consultores utiliza ferramentas de modelagem computacionais dos processos industriais para simular otimizações que trarão eficiência energética à indústria.

Com apoio do Procel desde 2017, que financia 50% do projeto (o restante do aporte fica a cargo da empresa participante), o Aliança funciona por meio de acordos voluntários com as indústrias para implementação de medidas de redução de consumo. A meta do programa é melhorar em pelo menos 5% a eficiência energética das instalações das indústrias, que assumem adotar no orçamento seguinte as medidas encontradas pelas modelagens e diagnósticos de campo.

Criado em 2014, o programa já foi implementado em 14 indústrias. No primeiro ciclo de investimentos, de 2015 a 2016, foram financiados dois projetos, na montadora GM e na química Clariant, com investimento de R$ 500 mil em cada, sendo que na época metade dos recursos foi da Embaixada do Reino Unido e o restante das empresas. No segundo ciclo, em 2017, já com recursos do Procel, que nessa etapa financiou metade dos R$ 500 mil de cada projeto, o programa passou a ser adotado em 12 indústrias. Essa etapa está em fase final, sendo que até o momento a economia total do programa foi de 175 GWh.

Um terceiro ciclo deve começar ainda neste ano, com aporte total de R$ 10 milhões do Procel, para expansão do programa em 24 indústrias, que ainda estão em fase de seleção. Nessa etapa, as indústrias entram com contrapartida de 100% do recebido.



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