Perto de 70 mil unidades consumidoras no Brasil poderiam, pelas regras atuais, já ter migrado para o mercado livre, aponta novo estudo da CCEE – Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. Esse universo de consumidores envolve empresas de grande e médio porte que, sozinhas ou de forma agregada, alcançam uma carga acima de 500 kW, hoje o limite mínimo para estar no ACL.

A CCEE estima que essas unidades consumidoras já aptas à migração consomem cerca de 5 mil MW médios e, caso elas já estivessem no ACL, a representatividade desse ambiente no SIN passaria dos atuais 32% para 40,2%. Para o estudo, esses consumidores ainda não são livres por conta da falta de oferta de modelos de contratos, principalmente em razão da imaturidade da figura do comercializador varejista.

Esse tipo de agente varejista, ainda limitado a 37 em um universo de mais de 400 comercializadoras registradas na CCEE, pode intermediar a negociação, cuidar da parte burocrática e tornar a comercialização mais atrativa e simples para os consumidores que não contam com equipes próprias para gerir o consumo de energia.

O levantamento da CCEE aponta ainda que, quando a migração se tornar possível a todos os consumidores do chamado grupo A, de alta tensão, haverá um potencial de adesão de 175.632 novas unidades ao segmento. O consumo associado a essas cargas seria de 8653 MW médios. Com esses consumidores, o mercado livre chegaria a representar até 46% de todo o sistema elétrico brasileiro. O percentual seria ainda maior, de 59,1%, se as mais de 11 milhões de unidades consumidoras não residenciais do grupo B, ligadas à baixa tensão, também optassem pelo segmento.



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