A área de pesquisa e desenvolvimento da subsidiária local da francesa Engie conseguiu suas duas primeiras patentes no Brasil, concedidas pelo Inpi - Instituto Nacional da Propriedade Industrial. As duas invenções nacionais estão instaladas, em experimento em campo, em usinas hidrelétricas do grupo.
A primeira patente envolve o desenvolvimento de sensores ópticos de temperatura a partir da tecnologia de “redes de Bragg”, que pode ser aplicada em diversos segmentos, mas que no caso específico foi utilizada no sensoriamento de mancais e trocadores de calor. Com o uso de luz ultravioleta e espelhos especiais, a equipe de pesquisadores da Engie conseguiu “gravar” sensores de temperatura diretamente no núcleo de uma fibra óptica.
O protótipo foi instalado na Usina Hidrelétrica Salto Osório (UHSO), localizada no rio Iguaçu, no município de São Jorge d'Oeste, no Paraná, substituindo sensores convencionais. Desenvolvida na fase de pesquisa aplicada, a descoberta demonstra a viabilidade da aplicação da tecnologia nos processos industriais de geração de energia e poderá ser replicada nas demais usinas da empresa depois dessa experiência.
Segundo a Engie, o desenvolvimento em parceria com a Universidade Tecnológica Federal do Paraná traz vantagens em comparação aos tradicionais sensores elétricos, entre elas a imunidade à interferência eletromagnética, passividade elétrica, multiplexação (possibilidade de agregar dezenas de sensores em uma mesma fibra óptica) e tamanho reduzido, o que possibilita a introdução do sensor diretamente na estrutura a ser monitorada, em uma técnica denominada smart material.
A segunda patente é um método para identificar características de uma máquina elétrica. A invenção avalia a condição de geradores elétricos por meio da análise do campo magnético externo. Isso se materializa em um equipamento chamado MagAnalyzer, que contempla um sistema e método não invasivo para identificar defeitos de natureza elétrica, magnética e mecânica (estabelecidos ou incipientes) em máquinas elétricas.
A invenção do equipamento foi em parceria com a Itá Energética e a Universidade Federal de Santa Catarina e há protótipos instalados na Usina Hidrelétrica Itá e no Complexo Termoelétrico Jorge Lacerda. Já há uma versão comercial para uso em terceiros também.
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