De acordo com o estudo Brazil Data Center Report, da JLL, empresa global de prestação de serviços imobiliários e gestão de investimentos, o mercado de data centers cresce em ritmo acelerado no país. Há vários projetos em desenvolvimento para dar conta da demanda cada vez maior por infraestrutura tecnológica para processamento e armazenamento de dados.

O mercado está concentrado em São Paulo, pela proximidade com as empresas e com o principal polo consumidor do país, mas o Rio de Janeiro está ampliando sua participação com novos projetos.

Em São Paulo, as regiões de Campinas e Barueri são os destaques, com 410 MW e 221 MW em operação, respectivamente. Estão em construção mais 285 MW em Campinas e 64 MW em Barueri, além de planejados outros 320 MW e 38 MW em cada região. 

O mercado imobiliário para o segmento de data center também tem números grandiosos. A demanda é por áreas de 60 mil m², em média, com algumas especificidades. “Tudo isso restringe a oferta de terrenos aptos a receber uma operação de data center e, consequentemente, aumenta o preço das opções disponíveis”, diz Bruno Porto, Gerente de Negócios Imobiliários de Industrial, Logística e Data Center da JLL. Segundo ele, a região de Campinas vai de Jundiaí à área metropolitana de Campinas, que possui um mercado logístico consolidado, com presença de diversas empresas, grandes centros tecnológicos e universidades, que fornecem mão de obra especializada e novas oportunidades de negócios no segmento de data center. “Já a região de Barueri, que também compreende Santana de Parnaíba e Osasco, acaba sendo uma extensão do mercado da capital e atrai operadoras de cartão de crédito, transações financeiras e computação de ponta”, explica o especialista da JLL.

Enquanto Campinas continua atraindo data centers de grande porte, com duas grandes operações da AWS, além do início da construção de uma operação da Microsoft em Sumaré, na região de Barueri, a opção é pela modernização (retrofit) de empreendimentos existentes ou expansão das operações em seus sites atuais, devido ao alto preço e baixa disponibilidade dos terrenos.

Em Barueri, apesar da restrição de terrenos, existe o projeto de um campus de data center, com aprovação e início de construção previstos para 2024, que poderá atender tanto a demanda de operadores de colocation quanto de usuários finais.

A capital paulista também possui data centers, com 39 MW em operação, 33 MW em construção e 30 MW planejados. No entanto, essas são operações menores, de 5 mil a 10 mil m². Isso acontece pela baixa disponibilidade de terrenos com potencial para data center e pelo alto custo imobiliário. 

O ano de 2023 marcou o início da expansão do segmento de data center do Rio de Janeiro. O estoque cresceu 115% em relação ao ano anterior. Além disso, novas entregas significativas são esperadas para 2024 e 2025.

Atualmente, são 76 MW em operação e 103 MW em construção. Os empreendimentos estão concentrados na Via Dutra e em São João do Meriti. No estado, ainda estão previstos 43 MW para 2025 em operações da CloudHQ, Equinix e Scala, nos quais o investimento total deve ultrapassar R$ 2 bilhões.

“O Rio de Janeiro está se consolidando como o segundo principal estado do Brasil em data centers, atraindo todos os principais players que atuam no Brasil. Nos próximos anos, haverá novos produtos disponíveis e de qualidade. É uma região beneficiada, principalmente, pela questão energética”, avalia Porto. 



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