A Ouro Preto Investimentos é a gestora do Funttel DPR FIDC, que receberá aporte de R$ 80 milhões do BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e R$ 20 milhões da DPR Telecomunicações. O objetivo do fundo, estruturado na forma de um FIDC, é financiar o crescimento de pequenos provedores de Internet.

Com cerca de R$ 9 bilhões sob gestão, a Ouro Preto está entre as maiores gestoras do Brasil, especialmente na área de fundos de recebíveis. “É um projeto que chegou para nós em fase ainda embrionária, por intermédio da Monetar DTVM, do BNDES e da própria DPR: a ideia de montar esse fundo com a finalidade é utilizar os recursos do Funttel para fomentar o mercado de pequenos provedores. Então, começamos a fazer a estruturação, juntamente com o BNDES, a empresa e a administradora Monetar”, explica João Baptista Peixoto Neto, CEO da Ouro Preto Investimentos.

Segundo o executivo, o fundo só captará recursos dos cotistas atuais: DPR e BNDES. A originadora das operações será a própria DPR, que avaliará, entre seus clientes, quem necessita de crédito a um custo mais atraente do que o praticado pelo mercado.

A DPR poderá vender seus produtos desenvolvidos e produzidos no país com taxas e prazos mais competitivos aos seus clientes. A estimativa é de que 500 provedores acessem os recursos. Supondo que um provedor precise renovar toda a rede de servidores e equipamentos. Em vez de fazer um empréstimo bancário com taxas de 20% ou 30% ao ano, o provedor compra os equipamentos para pagamento a prazo e o fundo vai adquirir os direitos creditórios dessa aquisição. A operação passa por dentro do fundo. Assim, a empresa fica com dinheiro em caixa para manter sua operação regularmente.

A expectativa é que o fundo tenha grande volume operacional. Diferente de outros fundos, o Funttel DPR FIDC busca apoiar pequenos provedores oferecendo-lhes taxas muito baixas para que possam financiar a compra de equipamentos. Assim sendo, para que o fundo exista por um longo prazo, é preciso que muitos contratos sejam assinados para que o capital do fundo seja retroalimentado constantemente.

De acordo com a política de investimento do FIDC, cada direito creditório deve ter valor mínimo de R$ 50 mil e máximo equivalente a 8% do patrimônio líquido do fundo, o que equivale, neste momento, a R$ 8 milhões. “Trata-se de um valor baixo para as grandes empresas, mas, para as pequenas, é um montante elevado e importante para que elas possam concorrer com as gigantes do setor”.

A operação possibilita, além da promoção da inclusão digital e do fortalecimento da indústria nacional de equipamentos intensivos em tecnologia, a manutenção e modernização da rede de banda larga já existente, assim como a sua expansão, sobretudo em regiões com menor densidade de penetração, como Norte e Nordeste.



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