Embora o Brasil ainda não tenha o número suficiente de talentos que atuam na área de cibersegurança, a escassez de profissionais qualificados em segurança cibernética é um problema global. No país, a defasagem é de 400 mil profissionais e 2,7 milhões em todo o mundo, de acordo com o estudo da Cybersecurity Workforce Study, que afere todo ano a falta de profissionais e a força de trabalho em cibersegurança.

A carência de profissionais especializados aumentou mais de 26% em 2022. Até o final deste ano, serão abertas mais de 3,5 milhões de vagas de trabalho na área de segurança cibernética, de acordo com estimativas. Nesse sentido, o Brasil precisa formar, aproximadamente, 335 mil profissionais.

O aumento na oferta de vagas e o gap de candidatos, somado ao pouco investimento em ações de segurança digital, faz com que aumente exponencialmente o volume de ciberataques, expondo grandes corporações a riscos que ameaçam não apenas empresas, mas órgãos públicos e entidades do terceiro setor.

Dados divulgados pela Cybersecurity Ventures mostram que os crimes cibernéticos terão crescimento de cerca de 15% até 2025. O prejuízo causado deve chegar a US$ 8 trilhões em 2023, tornando o cibercrime a terceira maior economia do mundo. A americana Gartner estimou que, em 2019, o prejuízo global chegou a US$ 128 bilhões.

Já a consultoria alemã Roland Berger, nos maiores países da Europa os danos causados pelos ataques cibernéticos alcançaram a cifra média de US$ 385 mil por empresa em 2020. Com o aumento na escala de digitalização das empresas e governos nos últimos anos, principalmente durante a pandemia, as perdas globais com cibercrimes chegaram a US$ 6 trilhões em 2021. O montante financeiro representa aproximadamente quatro vezes o valor do PIB anual brasileiro.

“O armazenamento/processamento de dados na nuvem pode trazer ameaças reais à segurança das organizações. Assim como o trabalho remoto e híbrido são os novos desafios de segurança. Por isso, é fundamental a formação de profissionais capacitados para gerir riscos e analisar de forma preditiva a possibilidade de ataques iminentes”, afirma Josué Luz (foto), fundador e CEO da Acadi-TI, fundada em 2012.

“Não há caminho fácil para resolver o amplo e complexo problema da cibersegurança. Porém, implica muito mais quando há defasagem de profissionais, ao passo que existem mudanças tecnológicas importantes que exigem atualização e aprendizado de novas habilidades. Consequentemente, é necessária uma corrida para mitigar riscos e prejuízos financeiros que empresas e governos vêm sofrendo com os ciberataques, não restando outra alternativa do que investir em educação”, afirma.

Como sobram vagas em cibersegurança (os salários podem variar entre R$ 5 mil e R$ 24 mil), a depender da experiência e qualificação, o momento exige que mais profissionais sejam formados por meio de nível básico e médio, para suprir diminuir boa parte da escassez, e de nível avançado para lidar com casos complexos e treinar futuros especialistas.

“Entendemos que existem três perfis de futuros profissionais e especialistas. Os iniciantes têm grande oportunidade para ingressar no universo da TI. De nível médio, observamos que muitos profissionais já estão inseridos no mercado de tecnologia, mas acabam migrando das áreas de infraestrutura e desenvolvimento para cibersegurança. No grau mais avançado, temos profissionais que já atuam na área e querem se especializar para melhorar ou agregar uma nova habilidade”, detalha o fundador da Acadi-TI.

A Acadi disponibiliza capacitação em diversos ramos da cibersegurança, como defesa cibernética, resposta para incidentes, segurança em cloud, desenvolvimento seguro de aplicações, além de formação em forense digital e treinamento para centro de operações de segurança. Contudo, a principal formação ofertada é de Ethical Hacker (hackers éticos). Por meio dela, os profissionais, conhecidos como hackers do bem, executam testes de invasão para identificar falhas nas redes e nos sistemas de segurança das organizações.

“Nosso princípio é o de entregar as melhores ferramentas e certificações em cibersegurança aos alunos, profissionais e empresas. Por isso, a EC-Council, renomada certificadora de Ethical Hacker, certificou a Acadi-TI como líder LATAM em 2022 por meio dos conteúdos de educação em cibersegurança. Essa e outras certificações estão presentes nos nossos treinamentos, incluindo a de pós-graduação”, destacou Luz.



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