De acordo com o Siscomex - Sistema Integrado de Comércio Exterior, que controla as atividades dos órgãos gestores do comércio exterior no Brasil, a OIW Telecom se mantém há três anos no topo do ranking brasileiro como a empresa que mais investe na importação de fibra óptica. Entre 2020 e 2022, a OIW comercializou 1,9 milhão de km em cabos ópticos. De 2020 para 2021, as vendas cresceram 13,4% e, somente no ano passado, foram comercializados mais de 850 mil km, um aumento de 25% em relação ao ano anterior. Para 2023, a projeção é de um incremento de 15% a 20% nas vendas.

Segundo Marcio Cachapuz (foto), diretor de Vendas e Marketing da OIW Telecom, o crescimento está atrelado muito mais a um aumento de market share do que a uma expansão do mercado. A empresa trabalha tanto com o cabo que atende aos consumidores residenciais, quanto com as tecnologias usadas na construção e expansão das redes metropolitanas.

Outro fator positivo que deve impactar não só os negócios da OIW, mas o mercado como um todo, é a redução dos valores do frete marítimo internacional. Toda a fibra óptica comercializada pela OIW é importada e chega ao país em navios vindos da Ásia. “Depois da oneração dos preços no período da pandemia, que elevou o custo do frete em até 15 vezes, hoje voltamos a patamares de normalidade. Isso torna a fibra muito mais competitiva no mercado nacional”, destaca Cachapuz.

O Brasil possui hoje mais de 40 milhões de usuários de banda larga fixa. Destes, somente 25 milhões se conectam por fibra. “Temos aí um gap de 15 milhões de consumidores, fora o que o mercado vai crescer”, calcula Cachapuz. Mas essa migração de tecnologia depende de fatores como a disponibilização de crédito mais barato e investimentos públicos em infraestrutura, para ampliação da rede de fibra.

“O governo federal deve demandar por novas soluções de telecomunicações, investindo em grandes projetos a partir deste ano. Além disso, o avanço do 5G e das redes neutras exige maior capilaridade de cabo óptico, principalmente nas regiões mais afastadas dos grandes centros urbanos”, avalia. Outra frente que promete fomentar o setor, segundo o executivo, é o mercado corporativo, que vem fazendo alguns movimentos de retorno ao trabalho híbrido e presencial, e precisa ampliar a banda larga fixa nos escritórios.

Com duas décadas de atuação no mercado nacional de telecomunicações, a companhia conta com matriz em Taquari, RS, e unidades na Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso, Ceará e Santa Catarina. Atende hoje cerca de 500 clientes por mês, com foco nos pequenos e médios provedores de Internet, que compõem a maior parte da sua carteira de clientes. Em 2022, as chamadas Prestadoras de Pequeno Porte (PPPs) responderam por 50,1% do market share de banda larga fixa no Brasil, superando as grandes operadoras, nas quais a OIW começa a mirar com mais foco. “Estamos ampliando a venda de fibra para os maiores players, que têm o desafio de suprir a entrega de banda larga para a sua base de consumidores”, afirma Cachapuz.



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