A Venko Networks, empresa com sedes em Porto Alegre, RS, e Curitiba, PR, especializada em soluções disruptivas de conectividade, baseadas em padrões abertos e desagregação dos equipamentos e aplicações, está apresentando um novo modelo de negócios que permite ao provedor oferecer serviços de conectividade no campo de forma rápida, fácil e econômica, utilizando redes celulares 4G privativas com equipamentos da norte-americana BTI Wireless.

“A tecnologia evoluiu e os custos dos equipamentos caíram de forma expressiva nos últimos anos. Para se ter uma ideia, o investimento em um kit 4G fica em torno de R$ 70 mil, incluindo a estação radiobase integrada com as antenas, kit GPS para sincronismo, o core open source na nuvem e as CPEs”, diz o CEO da Venko Ricardo Pianta (foto).

O ambiente nebuloso e aparentemente impenetrável da tecnologia aérea, hoje praticamente exclusivo das grandes operadoras, é visto como um desafio pelas empresas regionais, acostumadas com as redes ópticas e soluções PON. Para ajudá-las a dar esse passo com segurança, a Venko construiu um ecossistema completo para seus clientes, que compreende não apenas a venda dos equipamentos, mas os serviços fim a fim, como a assessoria regulatória junto à Anatel para obtenção de licenças, estudo de disponibilidade na região pretendida, além de projeto e assistência técnica para instalação e operação do serviço e infraestrutura de torres e energia. “Entregamos tudo pronto. É praticamente um 4G ou 5G ‘in a box’. O provedor só precisa pendurar a antena na torre, ligar o link e passar a operar o serviço”, diz o CEO.

Segundo ele, a Venko quer quebrar o paradigma de que essa tecnologia só pode ser entregue pelas grandes operadoras. “Da mesma forma como os milhares de provedores de Internet que se espalharam por todos os cantos do país e universalizaram o acesso banda larga nas áreas urbanas, as redes móveis têm um cenário semelhante. No meio de uma plantação no Mato Grosso, o apagão digital é de 70%”, afirma o executivo.

A proposta da Venko é viabilizar as aplicações de IoT – Internet das Coisas no agronegócio, como telemetria do maquinário que assegura a operação correta e eficiente de plantadeiras, colheitadeiras e controle de pragas. “Num exemplo muito simples, uma colheitadeira operando em velocidade incorreta, ou na rotação errada, pode consumir mais combustível do que o necessário e atingir níveis de produtividade abaixo do possível, literalmente deixando os grãos no campo”, afirma. Como qualquer veículo, a lubrificação e a temperatura de operação incorreta podem diminuir a vida útil de equipamentos de custo milionário. Tecnologias avançadas permitem diversas alternativas de sensoriamento e medição de condições climáticas, qualidade do solo e presença de pragas. Ao combinar essas informações com as ações corretivas adequadas, o produtor reduz insumos e, consequentemente, os custos de produção. “Não basta a conectividade na sede da propriedade, analisando o passado, aquilo que aconteceu na operação. O que foi perdido já se foi e não tem mais recuperação. Mas a informação em tempo real é muito preciosa”, diz.

O 4G é suficiente para IoT rural pois a necessidade de banda é pequena. Uma colheitadeira gera durante a operação um tráfego de 500 kbit/s a 1 Mbit/s. A banda larga é um dos componentes da solução, usada para envio dos dados à nuvem, mas o foco é a comunicação entre dispositivos.

A Venko utiliza três faixas de frequência principais que estão disponíveis para licenciamento: 700 MHz (banda 28) e 2,5 GHz (banda 40) e 2,6 GHz (banda 38). Cada uma dessas faixas é licenciável para tipos de serviços diferentes, em geral SLP - Serviços Limitados Privados ou SCM - Serviços de Comunicação Multimídia. O preço é acessível, com valor total de R$ 300 para uma licença de cinco anos, e o trâmite é rápido, em geral de 45 a 60 dias.

Muitos provedores que fornecem banda larga via rádio nas fazendas já contam com torre, que pode ser usada para colocar os equipamentos 4G, reduzindo os custos de investimento. Uma outra novidade da Venko são as “superantenas”, com ganho que permite praticamente dobrar o alcance, substituindo de três a cinco torres por apenas uma, fabricadas pela empresa sueca Radio Innovation.

Na mesma região uma torre pode atender pequenas comunidades com a banda 38, de serviço multimídia. “É um processo muito mais fácil do que levar fibra”, diz. Nesse caso, é preciso ter a licença SCM. “Ao mesmo tempo em que vão surgindo aplicações agro, surge a pequena comunidade rural, com diversos pequenos negócios se beneficiando com a rede”, diz. Além do produtor rural, outras atividades geograficamente remotas, como mineradoras, usinas de energia, extrativismo e turismo, podem se beneficiar do modelo apresentado pela Venko.

Embora seja um modelo recém-lançado, a Venko tem recebido dezenas de consultas de provedores do Brasil inteiro, em especial do Centro-Oeste, interessados em conhecer e aplicar o modelo em suas áreas de cobertura.

Na opinião do CEO, para a empresa regional que detém a capilaridade e o relacionamento pessoal e personalizado com os clientes da sua região, essa é a fórmula do sucesso. “Por que não reproduzirmos no campo o modelo que deu certo nos centros urbanos? A necessidade existe, o retorno de investimento é claro e mensurável, a tecnologia existe, e estamos aqui para apoiar e prover os elementos técnicos necessários para fazer acontecer”, finaliza.



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