Com a entrada em operação do 5G no Brasil e a crescente demanda por serviços de data centers e processamento na borda (edge computing), são promissoras as oportunidades de negócios para a oferta de soluções compactas e prontas para uso. De olho nesse mercado, a Huawei está reforçando no Brasil a vertical de Data Center Facilities.

“A Huawei desenvolve e produz todos os equipamentos para infraestrutura de data centers, como UPS, ar-condicionado de precisão, réguas gerenciáveis e baterias de lítio, além de entregar soluções completas pré-fabricadas, desde um único rack até contêineres outdoor”, diz Bárbara Pizzolatto, vice-presidente de Data Center Business Brazil da Huawei.

Segundo ela, a empresa conta com 35% de market share em data centers pré-fabricados modulares e agora o objetivo é expandir a presença também na América Latina. “O uso dessas soluções possibilita uma economia de tempo de instalação de até 70% e de 47% na área ocupada, liberando mais espaço para aplicações de TI”, diz.

Uma outra vantagem é o crescimento escalável. “O cliente pode começar com 10 kW, por exemplo, e aumentar a carga ao longo do tempo. No projeto de um data center tradicional, é preciso prever necessidades futuras desde o início para evitar transtornos com infraestrutura e obras civis. Mas nesse tempo, pode acontecer de a empresa não chegar à carga final prevista e ficar com espaço subutilizado, com perda de eficiência. Ou então ocorrer a situação oposta, com necessidade de rápida expansão”, diz Bárbara. Já no conceito modular o crescimento do data center evolui sob demanda, sem necessidade de obras civis e piso elevado, e podendo ainda dispensar a sala separada para sistemas de UPS, baterias e evaporadoras.

Entre os diferenciais das soluções modulares da Huawei está o uso da bateria de lítio, que ocupa 25% do espaço e dura três vezes mais em relação às baterias chumbo-ácido (VRLA), além de pesar 75% menos e poder ser instalada em andares, dentro ou o mais próximos possível dos data centers, reduzindo significativamente o preço de instalação e com vida útil média de 10 a 20 anos. “O TCO – custo total de aquisição de uma VRLA fica 17% superior do que o da bateria de lítio, que oferece recursos de monitoramento, detecção e combate a incêndio com Novec 1230 já incorporados na solução. E como suporta altas temperaturas, até 40°C, o consumo de ar-condicionado é reduzido de forma significativa”, diz Bárbara. E se houver um problema na bateria, basta substituir o módulo. Na VRLA, é preciso trocar todo o banco que na grande maioria dos casos conta com cerca de 40 monoblocos de baterias VRLA. Para garantir a segurança, a Huawei utiliza um composto de lítio, fosfato e ferro, evitando a geração de oxigênio caso haja alguma perfuração na célula. “A bateria exala calor, mas não há risco de explosão”, afirma.

O portfólio de data centers modulares inclui desde o modelo de menor porte, o FM – Fusion Module 500, um rack de 24U ou 42U equipado e pronto para uso, com capacidade de climatização de 3,5 kW, UPS de 6 kWh, bateria de lítio com sistema de monitoramento e detecção e combate a incêndio, controle de acesso e tela de 10 polegadas na porta. “A instalação pode ser feita em duas horas no local. É uma solução disruptiva, que ganhou o prêmio de inovação tecnológica de 2022 no Data Center Awards da América Latina”, diz a executiva. Como não tem condensador externo, não é necessário furar a parede ou colocar tubulações para saída do ar quente, facilitando a instalação. “Muitos data centers de pequeno porte estão em prédios, sem espaço para instalação das condensadoras”, diz.

Já o FM 800 abriga até 10 racks e o FM 2000 pode ter dois corredores de racks, com teto pivotante que se abre em caso de princípio de incêndio, utilizando o sistema de combate a incêndio da própria sala. De acordo com a executiva, os data centers modulares têm o design moderno e bonito, com iluminação em LED interna e alarmes indicativos de temperatura, que possibilitam fácil identificação e monitoramento visual dos equipamentos.

Por fim, o FM 1000 é a solução de data center em contêiner para aplicações outdoor, fornecidos nas versões de 20 e 40 pés, com densidade padrão de até 15 kW/rack (personalizável de até 30 kW/rack) e PUE ≤ 1,5. A Huawei tem versões que vêm montadas da China e outras em que as estruturas metálicas são fabricadas no Brasil por um parceiro local e depois equipadas com seus produtos. A refrigeração pode ser feita a ar ou água, com máquinas in row, perimetrais, insuflamento down flow, up flow, ou direto no ambiente.

“A máquina de 35 kW, por exemplo, é a menor do mercado, com apenas 30 cm de largura. Desenvolvemos uma tecnologia de controle de umidade, o wet film, que possibilita economia de 90% em comparação às soluções de umidificação convencionais de mercado. E o compressor variável na velocidade e potência do ar-condicionado permite economia de energia a partir de 10% da carga”, afirma.

A empresa assinou uma parceria com a WDC Networks, de São Paulo, que terá exclusividade na distribuição de todo o seu portfólio de data centers, incluindo retificadores e baterias de lítio, além de oferecer a opção de DaaS – Datacenter as a Service, modalidade financeira que entrega tecnologia em formato de assinatura mensal com benefícios fiscais e contábeis. Com o acordo, a distribuidora amplia a atuação da unidade dedicada às soluções de data center para a integração de ponta a ponta em projetos que podem ser turnkey ou sob demanda do cliente.

A modalidade Data Center As a Service viabiliza a adoção da tecnologia como locação mensal (Opex). Segundo Bárbara, as soluções estão disponíveis para pronta entrega no Brasil. “Em até 90 dias podemos fornecer um data center completo pré-certificado Tier 3, já incluído o tempo de fabricação de dois meses, transporte e instalação. Com o desabastecimento de insumos e problemas na logística internacional, o mercado tem pedido até 270 dias para realizar uma entrega. “A Huawei é o único fabricante hoje que consegue entregar o produto em até 90 dias”, garante a executiva.



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