A integradora de soluções e serviços gerenciados Sencinet venceu a licitação para a escolha da empresa que realizará a interconexão via satélite entre a estação central (hub) da Petrobras, no Rio de Janeiro, e todas as unidades remotas marítimas e terrestres da companhia. O contrato por cinco anos prevê ainda o fornecimento, instalação e manutenção dos kits de equipamentos necessários para a operação em localidades offshore (plataformas e embarcações) e onshore (escritórios, refinarias e outras instalações).

Para Jayme Ribeiro, diretor executivo de vendas e marketing da Sencinet, um dos principais diferenciais da companhia para apresentar o menor preço e se sagrar vitoriosa na concorrência é oferecer a tecnologia Spot Beam, por meio da qual os sinais do satélite são direcionados para pontos específicos na superfície da Terra.

“Como a maior concentração de tráfego da Petrobras ocorre nas bacias de Campos dos Goytacazes e de Santos, por exemplo, vamos usar um feixe específico que cobre a Região Sudeste. Ele entregará maior potência a menores custos. Para as demais regiões do país, utilizaremos a tecnologia tradicional que oferece condições suficientes para as operações da petrolífera”, explica o diretor.

A Sencinet realizará investimentos de modernização e expansão do sistema de telecomunicações que a empresa tem no teleporto de Hortolândia, SP. Um dos principais movimentos será a instalação de novos equipamentos em uma antena de 9 m para que ela aponte na direção dos satélites que operam na tecnologia Spot Beam.

O contrato prevê que a Sencinet entregue uma capacidade média de banda de 240 Mbit/s ao longo dos cinco anos do contrato, sendo que a maior parte desse potencial será destinada ao atendimento das plataformas de petróleo offshore nas Bacias de Campos e Santos, incluindo o pré-sal. A partir da assinatura do contrato, a empresa iniciou o trabalho junto à Petrobras num cronograma de migração do modelo de serviços anterior de comunicação para o atual.

O fornecimento deste serviço pela Sencinet representa uma quebra de paradigma na forma como a Petrobras desenvolvia sua estrutura de conexão até o momento. Ao longo dos anos, a petrolífera criou uma estrutura totalmente interna com um hub instalado em seu prédio com sede no Rio de Janeiro e uma antena que, na prática, funcionava como um teleporto próprio. A empresa também se responsabilizava pela contratação do segmento espacial e pelos técnicos responsáveis pela operação do sistema.

No novo modelo, a Petrobras apenas comprará o serviço em forma de quantidade de megabits, sem se preocupar com nenhum aspecto da estrutura. O teleporto é da Sencinet, assim como a responsabilidade com os contatos para uso da estrutura espacial. “O novo modelo traz inúmeras vantagens porque a Sencinet tem um teleporto com antenas apontadas para vários satélites diferentes”, afirma Ribeiro.

Segundo ele, a conquista do contrato com a Petrobras irá acelerar os planos da companhia de crescer no segmento offshore no Brasil.

“Existe um mercado robusto para este tipo de operação na costa brasileira formado tanto pelas empresas que prestam serviços para a Petrobras quanto pelas petrolíferas da iniciativa privada que concorrem com a estatal pela exploração do petróleo no país. Essa parceria nos oferece uma musculatura suficientemente forte para oferecer soluções eficientes e econômicas para uma parcela significativa destas companhias”, finaliza o diretor.



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