A American Tower, fabricante de infraestrutura para telecomunicações, está participando de um projeto para implementar casos de uso de cidades inteligentes na cidade de São Paulo. Conduzida pelo LSI-TEC – Laboratório de Sistemas Integráveis Tecnológicos no contexto do Plano Nacional de IoT – Internet das Coisas e financiado pelo BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, a ação contempla aplicações de diversas naturezas. Um dos experimentos utiliza sensores em veículos para monitorar acidentes e cenas de crimes. O outro instala sensores em semáforos para enviar alertas automáticos às viaturas policiais ou centrais de controle, de forma remota, a custo muito mais baixo comparado com as soluções existentes.

Para isso, a American Tower fornece sua rede neutra LoRaWAN. Desde o lançamento da rede, em 2018, sua cobertura nacional já alcançou 67% do PIB – Produto Interno Produto, incluindo todas as capitais e o Distrito Federal, e mais de 5 bilhões de mensagens já foram transmitidas pela infraestrutura.

De acordo com Daniel Laper, diretor de fibra e novos negócios da American Tower do Brasil, a rede para IoT fornecida pela companhia é reconhecida por contribuir com a expansão do ecossistema de maneira aberta e eficiente. “A American Tower está colaborando com projetos que visam trazer benefícios importantes para a população. Parcerias como essa com a LSI-TEC permitem que novas soluções sejam desenvolvidas, sempre visando real impacto e escala, para a sociedade e para o ecossistema de parceiros como um todo”, diz.

Para Marcelo Zuffo, professor titular da Poli-USP e conselheiro científico-tecnológico dos pilotos, o projeto de cidades inteligentes com IoT é extremamente desafiador. “A iniciativa engloba aspectos do estado da arte em tecnologia IoT com aspectos relevantes de impacto socioeconômico para a população, como diminuir o tempo de socorro em casos de acidentes, aumentar a eficiência das abordagens da polícia e otimizar o processo de programação de semáforos, contribuindo para uma maior segurança nas travessias e melhora da fluidez do tráfego”, afirma.

O Plano Nacional de IoT, realizado pelo BNDES em 2017 e 2018, em parceria com o MCTIC - Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, indicou que os impactos do desenvolvimento de aplicações de IoT no Brasil, considerando os ambientes de cidades, saúde, rural e indústria, podem chegar a US$ 132 bilhões. O relatório apresentou um diagnóstico e proposição de plano de ação estratégico em IoT para o país. Com isso, o BNDES iniciou as chamadas para seleção de projetos piloto de Internet das Coisas.

O primeiro caso de uso envolve a aplicação de sensores de IoT em automóveis para identificação e notificação de padrões que podem caracterizar acidentes ou atividades suspeitas. O programa já apresenta os primeiros resultados, como o dispositivo piloto Sentinela, desenvolvido com tecnologia nacional para identificar e notificar situações de risco de vida e ações criminosas. O dispositivo faz a leitura das placas dos carros, monitora o ambiente e identifica situações de risco a partir de imagens de uma câmera, usando Inteligência Artificial. Os eventos são notificados por meio da rede LoRaWAN para um servidor remoto.

No segundo caso de uso, de mobilidade urbana, é investigado o potencial da tecnologia para monitoramento e controle da rede semafórica, com o objetivo de gerar uma maior segurança nas travessias de pedestres e melhorar a fluidez no tráfego de automóveis. O piloto foi testado ainda em março, com dispositivos aplicados em dois semáforos na Cidade Universitária.

Ao fim dos testes, previstos para o segundo semestre de 2022, os resultados serão publicados, de forma a ampliar a disseminação do conhecimento sobre a tecnologia. Os relatórios de experiência em campo podem ajudar a disseminar o conhecimento da tecnologia aplicada e servir de subsídio para aperfeiçoar estruturas regulatórias, visando facilitar a introdução de IoT e de novos modelos de parceria do Estado com a iniciativa privada.



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