A disseminação de dispositivos IoT - Internet das Coisas precisa dos MSPs - Managed Services Providers para ajudar o Brasil a conquistar maturidade na aplicação da tecnologia. Essa é a visão de Luis Arís, gerente de desenvolvimento de negócios da Paessler América Latina, empresa alemã especializada em monitoramento de rede. “O papel do time do MSP é atuar como um consultor de confiança da empresa que conta com a infraestrutura IoT.  Surgidos para resolver, de forma terceirizada, o desafio de monitorar 24x7 os mais diversos ambientes de networking, os MSPs estão avançando, agora, para a hiper distribuída e hiper especializada era da Internet das Coisas”, diz. Se até pouco tempo um MSP monitoraria remotamente centenas ou, no máximo, alguns milhares de dispositivos de rede de uma corporação, com a explosão do IoT essa marca poderá chegar a milhões de pontos gerenciados.

Segundo estudos do Gartner, o MSP resolve várias demandas das empresas usuárias, como a falta de profissionais com expertise nos diversos mundos IoT e a necessidade de oferecer suporte e resolução de problemas a espaços cada vez mais críticos para os negócios.

Pesquisa divulgada pela consultoria Teleco em outubro de 2021 informa que esse setor deve gerar mundialmente até 2025 receita estimada entre US$ 3,3 trilhões e US$ 11,1 trilhões – isso representa até 11% do PIB mundial. Inovações baseadas em IoT podem adicionar R$ 122 bilhões ao PIB brasileiro até 2025. A tecnologia IoT é múltipla, podendo permear todos os espaços, de plantações de soja a indústrias de petróleo e gás, de casas automatizadas a smart cities.

Para Aris, a maturidade da gestão das variadas aplicações IoT depende de as empresas usuárias contarem com o suporte dos MSPs. “Isso representa uma grande oportunidade de negócios para os MSPs brasileiros”, ressalta. Estudo da MarketsandMarkets  de 2020 indica que, até 2026, o mercado global de MSPs deve atingir o valor de US$ 354,8 bilhões. Para os analistas do Gartner, marcas como estas são explicadas pela crescente adesão dos MSPs à oferta de serviços gerenciados para infraestruturas IoT. “Os analistas do Gartner recomendam que, aos investimentos na infraestrutura IoT propriamente dita, as empresas estudem contratar serviços gerenciados para monitorar esses ambientes, de forma a extrair o máximo valor dessas inovações”.

Estudo divulgado pelo Gartner em novembro de 2019 indica que, até 2023, até dois terços dos MSPs que existem no mundo terão ao menos 50% de seu faturamento baseados em projetos IoT. O mesmo estudo indica que essa realidade será extremamente múltipla, com MSPs buscando se especializar em algumas aplicações de IoT. A especificidade das aplicações exige isso: os desafios trazidos para o MSP pela monitoração de uma planta de montagem de automóveis são diferentes das tarefas envolvidas em gerenciar remotamente, por exemplo, uma smart city.

“É nesse contexto que entram em cena soluções de monitoração “white label” que entregam, para o MSP e seu cliente, visibilidade e controle sobre as mais diversas tecnologias IoT”, diz Aris. O estrito controle orçamentário dos MSPs, que precisam otimizar gastos e ao mesmo tempo manter-se plenamente capazes de resolver os desafios de seus clientes – SLAs rígidos garantem isso – contribui para que esses provedores de serviços busquem plataformas de monitoração que tragam uma visão unificada dos dispositivos IoT, dos ambientes de automação industrial (OT) e também do mundo de TI.

No caso específico da plataforma de monitoração PRTG, da Paessler, conforme a demanda do cliente do MSP, é possível usar um único dashboard para monitorar os mais diversos ambientes IoT, OT e IT. “Se necessário, o PRTG gera dezenas ou centenas de painéis de controle mais especializados, capazes de aprofundar a leitura sobre um determinado espaço digitalizado”. Segundo Aris, isso é estratégico num momento em que, na empresa usuária, experts, por exemplo, em automação industrial e veteranos gestores de TI precisam ter o máximo controle sobre um ambiente cada vez mais híbrido, cada vez mais distribuído e cada vez mais crítico para os negócios.

Nesse momento de forte expansão dos ambientes IoT, um dos maiores desafios é, justamente, incluir milhares ou milhões de dispositivos IoT na plataforma de monitoramento utilizada pelo MSP. Estudo realizado pela Paessler mostra como o profissional do MSP pode usar conectores prontos entre uma plataforma de monitoração e o Active Directory da Microsoft para construir, com produtividade e precisão, um dashboard de monitoração capaz de visualizar milhares ou milhões de dispositivos IoT em ambientes distribuídos.